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EUA: nomes de presos políticos que devem ser libertados em Cuba não serão divulgados

Apesar das novas prisões de ativistas cubanos na última semana, o governo americano não crê que Havana vai desistir do acordo entre os dois países

Por Da Redação
6 jan 2015, 07h23

O governo dos Estados Unidos comunicou nesta segunda-feira que não vai publicar a lista com os nomes dos 53 prisioneiros políticos cubanos que as autoridades de Havana se comprometeram a libertar pelo acordo que permitiu a entrega de três espiões do país caribenho e o anúncio de normalização das relações entre as duas nações. “Quando em dezembro foi feito o anúncio, certamente os Estados Unidos compartilharam com Havana os nomes de indivíduos presos em Cuba por acusações relacionadas com suas atividades políticas. Não vamos divulgar uma lista pública”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

A porta-voz também afirmou que o governo americano não pretende dizer onde estavam presos esses indivíduos e quais deles foram libertados, apesar dos pedidos de transparência e das acusações de sigilo feitas por setores da dissidência cubana. “Nós compartilhamos os nomes com o governo cubano. Obviamente, é um tema que manteremos com eles”, acrescentou Jen.

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No dia 17 de dezembro, o ditador de Cuba, Raúl Castro, anunciou que seu governo tinha decidido libertar uma série de presos, mas não especificou quantos eram, nem suas identidades. A medida, disse, foi tomada “de maneira unilateral, como é nossa prática, e em estrito cumprimento de nosso ordenamento legal”. Raúl Castro se referiu dessa forma à libertação de presos ao anunciar o retorno a Cuba de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, os três agentes cubanos do grupo Los Cinco, que permaneciam presos nos EUA desde 1998.

A porta-voz americana garantiu que tanto as autoridades de Washington como as de Havana sabem quem está na lista dos 53 presos políticos, mas acrescentou que “há uma série de passos nos quais ambas as partes têm a necessidade de continuar trabalhando nas próximas semanas”. Com relação à recente detenção de dissidentes por parte das autoridades cubanas, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que “não há motivo para pensar que as autoridades de Havana estejam voltando atrás em relação ao acordo”. Sobre as mudanças políticas na ilha após o histórico anúncio de normalização de relações entre Estados Unidos e Cuba, Psaki relatou que a visão do governo do presidente Barack Obama “nunca foi que elas ocorreriam, nem que seriam implementadas em questão de semanas”.

Imigrantes – O número de ‘balseiros’ cubanos (como são chamados os imigrantes que se arriscam no mar) que chegaram aos EUA ou foram capturados mais do que dobrou no mês de dezembro em relação ao mesmo período de 2013, após o anúncio da aproximação entre Washington e Havana, informou nesta segunda a Guarda Costeira americana. Em dezembro, 481 cubanos foram capturados no mar ou chegaram à costa dos Estados Unidos em 37 eventos, assinalou a Guarda Costeira em um comunicado. “Isto é um aumento de 117% em relação a dezembro de 2013”, destaca o texto.

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Nos primeiros dias de janeiro, as autoridades americanas detiveram 96 imigrantes cubanos que tentavam chegar ao Estado da Flórida a bordo de balsas. Em resposta ao aumento da imigração irregular, a Guarda Costeira ampliou seu patrulhamento na costa da Flórida, está a apenas 144 km de Cuba. Nesta segunda, a Guarda Costeira repatriou 121 cubanos detidos nos últimos dias.

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(Com agências EFE e France-Presse)

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