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EUA e Irã retomam negociação após alerta de Netanyahu

Depois das duras críticas do primeiro-ministro de Israel contra as negociações, vai ficar mais difícil para Obama levar o acordo nuclear adiante no Congresso americano

Por Da Redação
4 mar 2015, 09h19

Os ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos e do Irã começaram um terceiro dia de conversações sobre o programa nuclear iraniano nesta quarta-feira, horas após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertar que o acordo em negociação era um grande erro e poderia levar inclusive a acelerar o processo de fabricação de uma bomba atômica iraniana.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, retomaram as conversas na cidade de Montreux, na Suíça, esperando entrar em um acordo até o final de março. No entanto, o discurso crítico de Netanyahu no Congresso americano na terça-feira, em que o premiê criticou severamente os esforços diplomáticos para resolver a disputa nuclear com o Irã, vai tornar difícil para Obama conseguir vender o possível acordo nos EUA, onde até mesmo parte seus correligionários democratas criticam as negociações. Nos termos da atual negociação, se o Irã concordar em reduzir as atividades nucleares e aceitar inspeções regulares em suas instalações, os EUA se comprometem a reduzir as sanções que afetam a economia da República Islâmica. Porém, para Obama reduzir as sanções, ele precisa da aprovação do Congresso e esta negociação política entre a Casa Branca e os parlamentares não será nada fácil.

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Netanyahu argumentou que em vez de prevenir o Irã de ter armas nucleares, um acordo iria fazer “tudo, menos garantir” que o país um dia conseguisse uma bomba atômica, colocando Israel, a região e os interesses americanos em risco. O presidente dos EUA, Barack Obama, respondeu horas depois, dizendo que Netanyahu não ofereceu “alternativas viáveis” para o curso atual das negociações.

Caio Blinder: O show de Netanyahu em Washington

O Irã e potências mundiais estão tentando entrar em um acordo prévio até o fim do mês, apesar das dúvidas de Israel, de parlamentares dos EUA e de alguns Estados do Golfo Pérsico. Tal acerto prévio seria seguido de um acordo mais amplo até o fim de junho. O objetivo das negociações é persuadir o Irã a restringir seu programa nuclear em troca de alívio de sanções que prejudicam a economia do país.

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Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que o Irã esteja usando seu programa nuclear civil como fachada para desenvolver armas nucleares. O Irã nega, dizendo que a pesquisa é para propósitos pacíficos, como desenvolver o setor elétrico e o tratamento de câncer.

(Da redação)

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