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Estado americano do Nebraska decide abolir a pena de morte

Esta foi a primeira vez em mais de 40 anos que um Estado conservador proibiu a pena capital. Outros seis tomaram a mesma decisão desde 2007

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h32 - Publicado em 27 Maio 2015, 20h02

Legisladores do Nebraska derrubaram nesta quarta-feira um veto imposto pelo governador Pete Ricketts, do partido Republicano, e aboliram a aplicação da pena de morte no Estado americano. A decisão foi aprovada por 30 votos a 19. Segundo o jornal The New York Times, esta foi a primeira vez em mais de quarenta anos que um Estado cuja população é majoritariamente conservadora votou pela proibição da pena capital – o último havia sido a Dakota do Norte, em 1973.

Embora se considere apartidária, a Câmara de Nebraska é dominada por políticos republicanos. Os legisladores do partido que votaram a favor da abolição justificaram a decisão dizendo que a pena de morte era ineficiente, cara e que não condizia com os valores da legenda. Outros políticos se basearam em questões morais e religiosas para respaldar a proibição. Com a decisão, os condenados à pena capital passarão a cumprir prisão perpétua. Nesta semana, o número de prisioneiros no corredor da morte do Nebraska caiu para dez após a morte de um dos detentos na cadeia. O Estado não executava ninguém desde 1997.

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Outros dezoito Estados, além do distrito de Columbia, onde fica a capital Washington, aboliram a pena de morte. O Nebraska se tornou o sétimo a proibir a aplicação da sentença desde 2007 – Maryland, Connecticut, Illinois, Novo México e Nova Jersey foram os demais.

Os Estados Unidos enfrentam atualmente um controverso debate sobre a manipulação das drogas usadas para executar prisioneiros. Restrições dificultaram o acesso das prisões às substâncias e implicaram na adoção de coquetéis que não são considerados seguros. Em abril do ano passado, o condenado Clayton Lockett agonizou por mais de 30 minutos após a injeção letal ter falhado. Em julho, o assassino Joseph Wood sofreu com os efeitos das drogas por duas horas antes de morrer. O processo de execução foi tão demorado que os advogados do criminoso tiveram tempo de protocolar um recurso para tentar interromper a ação.

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Frente ao debate, o governador do Estado de Utah aprovou, em março, uma lei autorizando a substituição da injeção mortal pelo fuzilamento. Arkansas, Wyoming e Idaho também consideram tal medida. No Tennessee, legisladores concordaram que, diante da escassez das drogas, os detentos deverão ser executados em cadeiras elétricas.

(Da redação)

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