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Escassez de medicamentos provoca desespero na Venezuela

A dívida venezuelana com laboratórios farmacêuticos já alcançou 5 bilhões de dólares

Por Da Redação
14 jan 2016, 17h54

“Pelo amor de Deus, vamos reativar a indústria farmacêutica!”, pediu o presidente venezuelano Nicolás Maduro à nova ministra da Saúde, Luisana Mello, escolhida pelo próprio governante na semana passada. A nova funcionária toma posse do cargo em um momento de grande instabilidade política e econômica, além de precisar lidar com o fardo do enorme fracasso de seus antecessores.

Basta andar pelas farmácias ou buscar nas redes sociais para entender o quão grave é a atual escassez de medicamentos e outros produtos básicos da área da saúde na Venezuela. O presidente da Federação Farmacêutica do país, Freddy Ceballos, chegou a definir a situação como uma “crise humanitária”.

Em dezembro, o caso de um menino de 3 anos que morreu pela falta de um remédio cardíaco voltou a chamar a atenção para o problema. Ricardo Medina, que sofria com um câncer no pulmão, precisava urgentemente de um medicamento chamado cardioxane, um protetor cardíaco para pacientes que fazem quimioterapia. A família da criança chegou a fazer pedidos e reclamações desesperadas nas redes sociais, mas o hospital não conseguiu o remédio e Ricardo acabou morrendo. “Não conseguiram o medicamento. Graças a esse governo maldito. Meu sobrinho de 3 anos morreu nessa madrugada”, escreveu a tia do menino, Adriana Medina, em sua página no Twitter no dia 14 de dezembro.

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Em meio à escassez, os mais vulneráveis são os pacientes que sofrem de doenças crônicas e necessitam de tratamentos permanentes, como diabéticos e hipertensos. Aqueles que precisam de procedimentos de urgência para tratar problemas graves, como câncer, também tem que adiá-los com frequência, por falta de materiais e medicamentos. “Estamos vivendo uma situação extremamente grave. Ela se agravou muito”, disse Ceballos em Caracas. “É impressionante o número de falhas que temos na disponibilidade de produtos para hipertensão arterial, os anticonvulsionantes, anticoncepcionais, produtos para asma”, completou.

Atualmente, o governo centraliza todas as importações, com concessões às empresas com preços mais baixos. Contudo, é incapaz de assumir a dívida com a indústria farmacêutica, que já excede 5 bilhões de dólares, ou quase 20 bilhões de reais. Já a produção nacional, como os outros setores do país, não recebe as matérias primas que necessita.

(Da redação)

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