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Eleições no Peru: entenda a demora na apuração dos votos

Com uma diferença de pouco mais de 0,2 ponto porcentual entre os candidatos à Presidência, poucos votos podem virar o jogo

Por Da Redação
8 jun 2016, 17h16

Três dias após o segundo turno da eleição presidencial, os peruanos ainda não sabem quem governará o país entre 2016 e 2021. A apuração está em sua fase final e avança lentamente, com uma vantagem de pouco mais de 0,2 ponto porcentual do candidato de centro-direita Pedro Pablo Kuczynski. Mesmo com 98,9% dos votos contabilizados, a populista de direita Keiko Fujimori matematicamente ainda pode virar o jogo.

Por causa da margem apertada de diferença entre os candidatos, alguns aspectos que não fariam tanta diferença em outras eleições podem ser decisivos neste caso, como as urnas provenientes de regiões afastadas. Um exemplo são aquelas de Vraem, vale da selva central do Peru, que são levadas por via fluvial e exigem medidas de segurança no percurso até Lima. Outra pequena porcentagem de votos vem do exterior e as urnas são entregues na capital pessoalmente pelos próprios cônsules, o que está sendo feito nesta quarta-feira.

No Peru, a eleição é feita por meio de cédulas de papel e é provável que entre quarta e quinta-feira a apuração delas chegue a 100% – o que ainda não finaliza o processo. O Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) divulga os votos de urnas processadas, que são todas as que chegaram, em estado bruto. No momento, essa contagem está em 99,8%, mas o ONPE mantém um cálculo paralelo que denomina cédulas contabilizadas. Esse resultado exclui aquelas que foram impugnadas porque estão rasuradas, mal somadas, mal assinadas, entre outros problemas. Por esse cálculo, a contagem está em 98,9%.

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Em torno de 1% das cédulas da votação é contestado e enviado a um tribunal eleitoral para revisão, um processo que não tem prazo, ainda que se espere seja resolvido até o fim da semana. Esse porcentual representa cerca de 200.000 votos, valor que poderia virar o jogo, ainda que seja improvável. “A atual seleção do Peru pode vencer por 7-3 a da Alemanha no futebol? Não. Isso não vai acontecer. Matematicamente pode ocorrer, mas não vai”, ironizou o ex-diretor do Instituto de Estatísticas do Peru Farid Matuk.

Com plena certeza, o próximo presidente peruano só estará oficialmente eleito com 100% das cédulas contabilizadas. Outra possibilidade é que, antes de chegar a esse resultado, um dos candidatos alcance um número de votos que não possa ser superado pelo adversário. Por enquanto, só resta esperar que a apuração seja concluída.

(Com AFP)

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