Diretor da estatal de petróleo é preso por corrupção
O presidente Nicolás Maduro pediu para que os venezuelanos que moram em Miami seja identificados 'com nome e sobrenome' pois conspiram contra o país
O diretor de Produção da empresa estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), encarregado da região ocidental, José Luis Parada, foi preso e será apresentado à Justiça sob acusação de “irregularidades administrativas”, informou a Procuradoria venezuelana nesta terça-feira. “O Ministério Público apresentará nas próximas horas, diante do Tribunal de Contas do Estado de Zulia (na fronteira com a Colômbia), a denúncia por incorrer em irregularidades administrativas na contratação de empresas para o envio de combustível”, explica a nota oficial.
Designado diretor da PDVSA-Ocidente em março de 2014, Parada foi preso nesta segunda-feira por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), na base aérea de Zulia, em resposta a um mandado de prisão emitido pelo Ministério Público. José Luis Parada exerceu importantes cargos no Ministério do Petróleo e na empresa estatal PDVSA durante a gestão de Rafael Ramírez. Por mais de dez anos, Ramírez esteve à frente de ambas as instituições até ser designado chanceler em setembro de 2014 e, em seguida, assumir o cargo de embaixador na ONU em dezembro.
Leia também
Maduro prende lojistas acusados de ‘provocar filas’
Venezuela libera arma de fogo contra manifestações
Ex-chefe de segurança de Chávez liga número 2 da Venezuela ao narcotráfico
Escassez de alimentos aumenta roubos na Venezuela
Mais cedo, durante um evento de inauguração do ano judicial 2015 na sede da Suprema Corte do país, Maduro pediu ao máximo tribunal que promova um debate entre instituições jurídicas da região para apresentar aos povos e magistrados do mundo “a denúncia dessas pretensas sanções”. Washington anunciou nesta segunda, através de um comunicado, novas sanções contra funcionários venezuelanos. “Estamos enviando uma clara mensagem aos que violam os direitos humanos, àqueles que se aproveitam da corrupção pública e a suas famílias, que não são bem-vindos nos Estados Unidos”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em um breve comunicado.
Em dezembro do ano passado, o presidente americano, Barack Obama, assinou uma lei aprovada pelo Congresso com sanções contra funcionários venezuelanos considerados responsáveis de violações de direitos humanos nesse país. Essas sanções incluem o congelamento de ativos e a proibição para emissão de vistos para funcionários do governo venezuelano vinculados com a violência e a repressão nas manifestações estudantis de fevereiro de 2014, que terminaram com um saldo oficial de 43 mortos e centenas de feridos.
(Com agências EFE e Reuters)