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Dilma aceita credenciais da Venezuela e repete discurso de não interferência

Por Da Redação
20 fev 2015, 14h45

A política de dois pesos, duas medidas, continua. No mesmo dia em que recusou a credencial do embaixador da Indonésia para atuar no Brasil, Dilma Rousseff recebeu as credenciais da nova embaixadora venezuelana, Maria Lourdes Urbaneja Durant. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira, um dia depois da prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, um dos maiores críticos do governo de Nicolás Maduro. O opositor foi levado pela polícia chavista em uma ação truculenta, que envolveu vários homens e envolveu agressão ao político. Maduro disse que ele responderá pela vaga acusação de cometer “delitos contra a paz”.

Questionada se não havia constrangimento em receber as credenciais da embaixadora de um país que executa prisões de políticos contrários ao governo, a presidente voltou a recorrer ao discurso de não interferência. “Não posso receber um embaixador baseado nas questões internas do país. Eu recebo os embaixadores baseado nas relações que estabelecem com o Brasil”, declarou, acrescentando que “o foco” do Brasil é fundamentalmente as relações que mantém com aquele país.

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O próprio Ledezma cobrou várias vezes uma palavra de repúdio da presidente brasileira sobre os abusos sofridos pela oposição venezuelana. Durante a onda de protestos contra Maduro, no ano passado, ele postou: “Você esteve presa por três anos, sofreu um stress feroz, inimaginável, tal como sofrem nossos estudantes, Dilma. Não seja cúmplice, por favor”.

Mas Dilma voltou a silenciar, e ainda fez questão de mostrar que a situação da Venezuela é completamente diferente da Indonésia, que já executou um brasileiro condenado por tráfico no mês passado e incluiu um segundo brasileiro na fila da morte, sem aceitar os apelos do governo brasileiro para transferi-lo para um hospital psiquiátrico. “O foco nosso é fundamentalmente essas relações e é isso que explica o fato da gente ter postergado o recebimento das credenciais da Indonésia”.

(Com Estadão Conteúdo)

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