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Depois de ser declarada ameaça pelos EUA, Venezuela convoca diplomata

Presidente da Assembleia Nacional delira e diz que sanções são antessala para ‘ataque militar’

Por Da Redação
9 mar 2015, 18h34

A Venezuela convocou o seu principal diplomata nos Estados Unidos para consultas, depois de Washington ter declarado o país como uma ameaça à segurança nacional e ordenado sanções contra sete autoridades venezuelanas.

A chanceler Delcy Rodriguez fez o anúncio por meio de sua página no Twitter, dizendo que o encarregado de negócios Maximilien Sánchez Arveláiz deverá voltar ao país para consultas “imediatas”.

O decreto do presidente Barack Obama foi emitido nesta segunda-feira expressando preocupação sobre o tratamento que o governo venezuelano tem dado a opositores. “Autoridades venezuelanas do passado e do presente que violam os direitos humanos de cidadãos venezuelanos e se envolvem em atos de corrupção não são bem-vindos aqui, e agora nós temos as ferramentas para bloquear seus bens e seu uso dos sistemas financeiros dos EUA”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

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Os atingidos pelas sanções dos EUA foram o comandante da Região Estratégica de Defesa Integral Central, Antonio Benavides Torres, o diretor da polícia política, a Sebin, Gustavo González López, o ex-comandante da Guarda Nacional Justo Noguera Pietri, a promotora do Ministério Público Katherine Haringhton, o diretor da Polícia Nacional Bolivariana, Manuel Pérez Urdaneta, o comandante da 31ª brigada armada do Exército, Manuel Bernal Martínez e o inspetor-geral das Forças Armadas, Miguel Vivas Landino.

Ao vociferar contra as sanções, o presidente da Assembleia Nacional e dirigente do partido governista Psuv Diosdado Cabello insistiu nas teses golpistas e disse que a decisão dos EUA é uma antessala para um ataque militar. “Rechaçamos as intenções do imperialismo norte-americano, o que vêm são ataques militares sobre a nossa terra. Essas resoluções são usadas pelo imperialismo cada vez que vai atacar um povo”, disse, em declaração reproduzida pelo jornal El Nacional. “Se tivermos de passar fome, passaremos fome, mas jamais perderemos a dignidade”, acrescentou.

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Sobre o congelamento de bens de sancionados nos EUA, o chavista disse que quem tiver dinheiro no exterior roubou a Venezuela. “Um funcionário que faça seu trabalho corretamente não pode ter dinheiro em nenhuma parte do mundo. Se tiver recursos em outro país, é certeza que está roubando”.

As sanções dos EUA não terão impacto sobre o setor de petróleo, o que representa o laço mais forte entre os dois países – os Estados Unidos são o maior comprador do produto venezuelano.

Cabello foi recentemente mencionado por um ex-chefe de segurança de Hugo Chávez como diretor de um cartel do narcotráfico. Ele seria alvo de uma investigação nos Estados Unidos, segundo reportagens dos jornais ABC e Miami Herald.

(Da redação)

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