Depois de ‘esbarrão’, Scotland Yard vai rever segurança de Cameron
Homem se chocou com o premiê em Leeds, no norte da Inglaterra. Aparentemente acidental, trombada expôs falha na segurança de Cameron
Um episódio bizarro levou a Scotland Yard a rever os procedimentos de segurança que envolvem o primeiro-ministro britânico David Cameron. Nesta segunda-feira, em Leeds, no norte da Inglaterra, um homem trombou com o premiê na calçada. Aparentemente acidental, o esbarrão expôs brechas no esquema de proteção de Cameron.
“Eu não vi David Cameron. Eu não sabia que era ele até me deixarem sair do veículo da polícia uma hora depois”, disse à BBC Dean Farley, de 28 anos, alegando que estava apenas correndo para ir para a academia em seu horário de almoço. “Isso levanta a questão – o quão boa é a segurança de Cameron se eu consegui correr entre eles (os seguranças) antes de eles me pararem?”, completou.
O premiê minimizou o incidente e agradeceu sua equipe de segurança, mas o episódio provocou muitos debates sobre a segurança de Cameron, especialmente no momento em que a Grã-Bretanha aumentou o nível de ameaça terrorista. Um especialista em segurança ouvido pelo Daily Telegraph considerou a brecha na segurança “espantosa” e especulou que os membros da equipe podem ser transferidos para outros postos.
O parlamentar Mark Pritchard, do Partido Conservador, pediu uma investigação completa sobre como o homem conseguiu chegar tão perto de Cameron. “A polícia metropolitana tem alguns dos melhores oficiais de proteção do mundo. No entanto, esta foi uma clara falha de segurança e poderia ter tido um resultado muito pior. Com o nível de ameaça terrorista elevado, não se pode permitir que isso aconteça de novo”, disse, em declaração reproduzida pelo Guardian.
O ex-oficial da polícia Peter Power disse que apesar dos questionamentos sobre o incidente, não houve “nada catastrófico”, e que o fato de o homem ter sido retirado do local rapidamente mostrou que a resposta policial “funcionou razoavelmente bem”.
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O ex-vice-premiê John Prescott, que deu um soco em um manifestante durante a eleição de 2001 depois de ser atingido por um ovo, defendeu que as medidas de segurança dos políticos sejam reforçadas.
O caso Prescott foi usado por Cameron para brincar com a situação vivida hoje. “John Prescott estava na sala na qual fiz o pronunciamento. Então, ao deixar o local, pensei que o maior momento de perigo tinha passado. Claramente não foi o caso”.
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