Defesa de brasileiro tenta último apelo contra execução na Indonésia
O paranaense Rodrigo Gularte, 42 anos, rejeitou três últimos pedidos a que teria direito: 'Isso é alguma coisa como Alladin?'
A defesa de Rodrigo Muxfeld Gularte, de 42 anos, vai fazer um último apelo e exigir um novo julgamento do paranaense, sentenciado à morte por tráfico de drogas na Indonésia. Ele deve ser executado nesta semana. A petição argumenta que Gularte sofre de transtornos mentais.
Gularte foi notificado no sábado que será executado por fuzilamento. Neste domingo, lhe perguntaram sobre os três últimos pedidos a que teria direito. “Ele rejeitou, rindo”, afirmou o advogado Ricky Gunawan ao site da BBC Brasil. “Disse que não precisava de nada e perguntou se era alguma brincadeira como Aladdin.”
“Ele está muito nervoso e incrédulo. Todo mundo sabe que ele sofre de doenças mentais”, afirmou Christina Widiantarti, outra integrantes da defesa no brasileiro, segundo a edição deste domingo do jornal indonésio The Jakarta Post.
A família do paranaense apresentou laudos médicos para comprovar que Gularte sofre de esquizofrenia. Pela legislação da Indonésia, a doença mental pode livrar um criminoso de penas. Mas a promotoria sustenta que Gularte é saudável.
O governo, além disso, afirma que está determinada a levar a cabo a execução de todos os oito estrangeiros que aguardam no corredor da morte no presídio de segurança máxima de Nusakamban. Além de Gularte, estão nessa condição cidadãos da Austrália, da Nigéria e das Filipinas. A declaração foi feita como resposta à pressão mundial liderada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Ban Ki-Moon.
Segundo caso – Gularte foi preso em 2004, quando tentava entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Ele pode ser o segundo brasileiro executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marc Archer Cardoso Moreira foi fuzilado também como punição por tráfico internacional de drogas.