Damasco afirma que EUA ‘não são sérios’ na luta contra o terrorismo
O regime do ditador Bashar Assad também voltou acusar os americanos de patrocinarem os grupos terroristas que atuam na Síria e em outros países
O governo da Síria, liderado pelo ditador Bashar Assad, criticou nesta quinta-feira a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para lutar contra o grupo radical Estado Islâmico (EI). Em comunicado oficial, Damasco afirma que Washington “não é sério” na luta contra o terrorismo. O texto, divulgado pela agência de notícias oficial síria Sana, também qualifica de “contraditórias e fracas” as políticas de Obama.
Em sua proposta, o presidente americano pretende autorizar os bombardeios contra o EI na Síria e também está disposto a armar a oposição que tenta derrubar o regime de Assad. No comunicado, o governo sírio afirma que “a oposição moderada, como Obama a descreve, não são mais que criminosos como os terroristas do EI”. O regime sírio ressaltou que as políticas dos EUA representam o principal obstáculo para achar uma solução clara para a crise regional.
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Apoio árabe – Em um tour pelo Oriente Médio, o secretário de Estado dos EUA John Kerry deve pressionar os líderes árabes nesta quinta e sexta-feira para que apoiem os planos do presidente Obama, informa a rede CNN. Na cidade saudita de Jidá, Kerry se reunirá com os representantes de Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia. Além de garantir o direito de sobrevoo por parte de aviões da Força Aérea dos EUA, o secretário de Estado quer que os países apoiem militarmente a luta contra os jihadistas do EI.
Autoridades americanas lançaram a campanha contra o Estado islâmico como uma luta global contra os radicais islâmicos e a ameaça que eles representam, não só para a Síria e o Iraque, especialmente por atraírem combatentes estrangeiros vindos de quase todos os pontos do planeta. Embora os EUA não tenham identificado ameaças específicas dentro do território americano, as autoridades acreditam que seus combatentes poderiam retornar aos países de origem e realizar ataques.
(Com agências EFE e Reuters)