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Cuba liberta todos os 53 presos previstos em acordo com os EUA

Autoridades do governo americano não revelaram os nomes dos presos libertados, mas a Casa Branca vai fornecer as identidades ao Congresso

Por Da Redação
12 jan 2015, 11h33

Cuba libertou todos os 53 presos que havia prometido, disseram autoridades dos Estados Unidos, cumprindo um ponto chave do acordo de reaproximação com Washington. A libertação dos prisioneiros dará um “tom positivo” às negociações históricas marcadas para a semana que vem com o objetivo de normalizar as relações bilaterais, depois de décadas de hostilidades, disseram representantes do governo americano à agência Reuters. Em 21 e 22 de janeiro, em Havana, a secretária de Estado assistente Roberta Jacobson vai conduzir uma reunião sobre questões que vão de investimentos a imigração.

As autoridades, falando à Reuters sob a condição de anonimato, não identificaram os presos libertados. Mas a Casa Banca vai fornecer os nomes de todas as 53 pessoas ao Congresso e espera que os parlamentares divulguem a informação. Havia dúvidas quanto à libertação dos presos e se Havana cumpriria sua parte no acordo entre o presidente Barack Obama e o ditador Raúl Castro, anunciado em 17 de dezembro.

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O intenso sigilo em torno dos 53 prisioneiros causou ceticismo sobre as intenções de Cuba e serviu aos críticos, para quem Washington não pressionou Havana o bastante na questão dos direitos humanos como condição para a normalização dos laços e alívio de restrições econômicas e de viagem. Os EUA trocaram três espiões cubanos condenados por um agente que espionou para o governo americano. Os EUA também obtiveram em troca a libertação de Alan Gross, um agente de ajuda humanitária americano que estava preso em Cuba.

Os representantes do governo dos EUA afirmaram que continuariam a pressionar o governo comunista de Cuba a libertar mais prisioneiros políticos. O governo cubano diz que não há presos políticos na ilha.

Negociação – Falando em detalhes sobre a libertação dos prisioneiros pela primeira vez desde a reviravolta nas políticas em relação a Cuba, as autoridades do governo dos EUA disseram que a ideia surgiu a partir em negociações secretas para a libertação de Gross e a articulação da troca de espiões. Na medida em que as negociações avançavam, ambos os lados começaram a acreditar nos prospectos de uma reaproximação mais ampla entre os antigos inimigos na Guerra Fria. Os negociadores americanos então buscaram obter uma prova da disposição de Cuba em relação aos direitos humanos, apresentando uma lista de prisioneiros que gostariam de ver libertados, disseram as fontes.

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Os cubanos concordaram com quase todos os nomes, com a exclusão de alguns, antes de fecharem a lista. Em julho, eles disseram aos auxiliares de Obama que estavam preparados para libertar 53 prisioneiros. Uma reunião final foi organizada no Vaticano, onde cada lado reviu as diferentes medidas às quais cada país estaria se comprometendo, incluindo a libertação de prisioneiros por Cuba, disseram as autoridades, permitindo assim que o acordo fosse revelado no mês passado após dezoito meses de negociações.

(Com agência Reuters)

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