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Crise migratória põe em xeque a Europa sem fronteiras

Decisão alemã de reinstaurar os controles teve um efeito dominó, forçando vizinhos a fechar suas fronteiras. Governo alemão afirma que não pode receber todos os refugiados

Por Da Redação
14 set 2015, 11h15

A era de viagens por uma Europa sem fronteiras, que já durava duas décadas, sofreu um duro golpe nesta segunda-feira, quando países do continente impuseram controles em suas divisas em reação ao influxo inédito de imigrantes. A decisão surpreendente da Alemanha de reinstaurar os controles fronteiriços no domingo teve um efeito dominó rápido, forçando vizinhos a fechar suas próprias fronteiras enquanto milhares de refugiados seguiam para o norte e o oeste da Europa.

A Áustria acionou os militares para proteger sua divisa com a Hungria depois que milhares de imigrantes a cruzaram a pé de domingo para segunda-feira, lotando acomodações temporárias em barracas e estacionamentos de estações de trem. “Se a Alemanha realiza um controle em sua fronteira, a Áustria precisa adotar um controle fronteiriço reforçado”, disse o vice-chanceler austríaco, Reinhold Mitterlehner, em uma coletiva de imprensa com o chanceler Werner Faymann. “Estamos fazendo isso agora”.

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A Eslováquia também declarou que irá fechar suas divisas com a Áustria e a Hungria. As medidas são a maior ameaça ao Acordo de Schengen, que a partir de 1995 eliminou postos de fronteira em toda a Europa e, juntamente com a adoção do euro como moeda comum, é uma das conquistas mais transformadoras da integração continental. Os 26 países europeus na área coberta pelo tratado emitem vistos em comum e não vigiam as fronteiras entre si. Divisas que foram disputadas durante séculos e que estrangulavam o tráfego e o comércio até poucos anos atrás hoje exibem pouco mais do que placas indicativas nas rodovias do maior bloco econômico do mundo.

1 milhão – A Alemanha anunciou nesta segunda que espera receber até um milhão de refugiados este ano, disse o vice-chanceler da Alemanha, Sigmar Gabriel, um número superior à estimativa anterior de 800.000. Segundo ele, o problema não é número de refugiados, mas sim a rapidez com que eles chegam, o que complica a tarefa das cidades para recebê-los. Gabriel disse em uma carta ao seu Partido Social-Democrata que o fechamento de fronteiras “não é absolutamente uma suspensão dos direitos básicos de asilo”. Mas, segundo ele, o controle deve ser visto como um “sinal claro” para “os nossos parceiros da União Europeia que a Alemanha, mesmo estando preparada para fornecer assistência, não pode acomodar todos os refugiados sozinha”.

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O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse que os refugiados podem continuar a ir para a Alemanha apesar de terem começado os controles na fronteira com a Áustria, mas ele espera que eles façam isto de forma mais ordenada.

(Da redação)

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