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Comissão Europeia quer redistribuir 160 mil imigrantes entre países da UE

O projeto pretende realocar as pessoas que já estão em território europeu. Grã-Bretanha, Dinamarca e Irlanda não precisam aderir ao sistema comum de asilo da União Europeia

Por Da Redação
9 set 2015, 09h46

A União Europeia propôs nesta quarta-feira redistribuir 160.000 imigrantes entre os países do bloco e enviar de volta aqueles que não se qualifiquem para receber asilo. A iniciativa busca melhorar a resposta à maior onda de imigração no continente desde o fim da II Guerra Mundial. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que vem pressionando por um plano abrangente para lidar com a crise, elogiou a proposta como um passo positivo, mas avaliou que ela não faz o suficiente para enfrentar esse fluxo contínuo.

O bloco tem lutado para buscar uma abordagem coerente, em meio a interesses nacionais divergentes e à insistência de alguns países, especialmente os mais pobres do leste, em aceitar refugiados apenas voluntariamente. Os novos planos, que precisam ser aprovados pela maioria dos governos da UE, são a segunda tentativa do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para ajudar Grécia, Itália e Hungria, os três países na linha de frente da crise. Pelo plano, a maioria dos países da UE, excluindo Grã-Bretanha, Dinamarca e Irlanda, que não precisam aderir ao sistema comum de asilo europeu, teria de aceitar no total 160.000 refugiados, que já chegaram à Itália, à Grécia e à Hungria, sob o programa, que a Comissão Europeia irá financiar ao custo de 780 milhões de euros (mais de 3,12 bilhões de reais). “Isso precisa ser feito de maneira compulsória”, afirmou Juncker, durante discurso no Parlamento Europeu em Estrasburgo.

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A Comissão Europeia propôs a redistribuição ao longo dos próximos dois anos e a introdução de um sistema permanente, pelo qual um país pode pedir ajuda quando enfrentar um afluxo repentino. O número de pessoas que serão redistribuídas e a duração desse programa devem ser determinados pela Comissão Europeia a partir de uma análise de cada caso. Inicialmente, Juncker havia proposto um acordo para que os países compartilhassem 40.000 refugiados pelo bloco, mas a iniciativa foi derrotada em junho. Agora, diplomatas da UE dizem que houve uma mudança política em relação ao assunto em capitais europeias, após milhares de refugiados chegarem. Só a Alemanha espera que 800.000 pessoas peçam asilo no país neste ano. Merkel reiterou o pedido por regras vinculantes, dizendo que a proposta de Juncker é “o primeiro passo de uma distribuição justa”, porém que mais é necessário.

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Preocupação – Países como a Hungria mostram preocupação com o número de imigrantes entrando em seu território. “A Europa é hoje uma ilha de esperança para as pessoas no Oriente Médio fugindo da guerra e da opressão. Isso é algo para se orgulhar, não para temer”, afirmou Juncker. “Não devemos ter a ilusão de que a crise de refugiados acabará em breve. Enquanto houver guerra na Síria e terror na Líbia, os refugiados seguirão vindo”.

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Juncker disse que, ainda que o número de refugiados e imigrantes possa ser “assustador” para alguns europeus, eles representam apenas 0,11% da população total da UE. A autoridade lembrou que países como Líbano, Turquia e Jordânia abrigam um total de 4 milhões de sírios refugiados. Juncker informou que a UE também elevará o financiamento para os países no Oriente Médio e no norte da África que enfrentam o maior peso da crise.

(Da redação)

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