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Sony suspeita de ataque hacker da Coreia do Norte

Sistema de armazenamento de filmes foi violado. Comédia sobre missão da CIA contra o ditador Kim Jong-un foi considerada ofensiva por Pyongyang

Por Da Redação
1 dez 2014, 15h52

O estúdio Sony está investigando a possibilidade de hackers norte-coreanos terem atacado seus sistemas de armazenamento e distribuição de filmes em represália à comedia The Interview (A Entrevista, na tradução literal), que retrata os comediantes James Franco e Seth Rogen em uma hipotética missão da CIA para assassinar o ditador Kim Jong-un. Cinco filmes inéditos da Sony, incluindo produções cotadas ao Oscar, foram roubados pelos criminosos e divulgados ilegalmente na internet. Embora a Sony tenha confirmado apenas uma “falha no sistema”, a qual seus técnicos estão “trabalhando intensamente para resolver”, a diretoria da empresa acredita que a invasão pode ter sido provocada pela insatisfação de Pyongyang com as piadas reproduzidas no filme e por Franco e Rogen nas redes sociais.

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Uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por Ja Song Nam, embaixador da Coreia do Norte, declarava que o filme era um “ato de guerra” dos Estados Unidos. O país também havia pedido que os envolvidos na produção do longa-metragem fossem punidos. A irritação do regime comunista provocou uma série de piadas entre os atores. Durante o período em que Kim ficou um mês e meio sem aparecer em público para se recuperar de problemas de saúde, Rogen disse que os produtores tinham escondido o ditador como parte de uma campanha de marketing para promover o filme. “Nós o soltaremos uma semana antes do lançamento”, brincou.

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Mesmo sem ter a comédia roubada pelos hackers, a Sony pode enfrentar um prejuízo de milhões de dólares com os títulos vazados na internet, reportou o jornal The Guardian. Entre eles está Fury, um longa-metragem sobre a II Guerra Mundial que tem Brad Pitt no elenco e estreou nos Estados Unidos neste segundo semestre, e a aguardada refilmagem do musical Annie, cuja estreia nos cinemas americanos estava prevista para o Natal. Outras produções vazadas pelos hackers são Mr. Turner, Still Alice e To Write Love on Her Arms.

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Segundo o site da revista Variety, os ataques à Sony ocorreram em novembro. Uma imagem de esqueleto aparecia na tela dos computadores do estúdio com a mensagem “Hackeado pelo #GOP”, cuja sigla faz alusão ao grupo de criminosos virtuais Guardians of Peace (Guardiões da Paz). Os invasores ameaçavam liberar “segredos e informações confidenciais”, mas não se sabe quais informações os hackers tiveram acesso. Em uma nota reproduzida pela revista, a Sony diz que o “roubo de conteúdo é assunto criminal” e que está “trabalhando ativamente com as autoridades para solucionar o caso”.

Outro caso – No último mês, em um caso separado, a polícia britânica prendeu dois homens que vazaram na internet o filme Mercenários 3 antes de sua estreia. Calcula-se que o estúdio sofreu um prejuízo de 10 milhões de dólares com o roubo do longa-metragem.

Ameaça digital – Os Estados Unidos têm sofrido nos últimos meses com uma série de ataques cibernéticos contra órgãos do governo. As autoridades acreditam que hakcers contratados pelos governos da Rússia e da China estão por trás de invasões aos sistemas digitais da Otan, do Departamento de Estado e até da Casa Branca. Recentemente, o diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) do país, Michael Rogers, disse que a China e outros dois países possuem a capacidade de danificar toda a infraestrutura americana através de ataques de hackers.

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