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Colômbia confirma que jornalistas desaparecidos estão em poder do ELN

O grupo de guerrilha sequestrou a jornalista Saluid Hernández no último sábado e, em seguida, capturou dois colombianos que cobriam o caso

Por Da Redação
27 Maio 2016, 11h09

O ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, afirmou na quinta-feira que há “certeza” que o Exército de Libertação Nacional (ELN) tem em seu poder a jornalista espanhola Saluid Hernández e seus colegas colombianos Diego D’Pablos e Carlos Melo, desaparecidos no Catatumbo, região no nordeste do país. O ELN é a segunda maior força de guerrilha no país depois das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Até o momento, o grupo não confirmou nem negou ser responsável pelo sequestro dos jornalistas.

“Posso comunicar na tarde de hoje que, com base em informação de inteligência recolhida até o momento, se confirma com certeza que o ELN é o responsável pelos desaparecimentos dos três profissionais”, disse Villegas em entrevista coletiva em Bogotá. O ministro destacou o caso da espanhola, correspondente na Colômbia do jornal El Mundo. Segundo o governo, ela se reuniu de forma voluntária com o ELN para fazer uma reportagem.

Hernández desapareceu no último sábado quando fazia uma matéria na região sobre uma greve de moradores para protestar pelo desaparecimento de duas crianças e avisou colegas de trabalho “que estaria incomunicável por algumas horas desenvolvendo seu ofício como jornalista”. Dois dias depois – no mesmo lugar onde se teve notícias da espanhola pela última vez -, D’Pablos e Melo sumiram quando cobriam o caso da colega.

O governo colombiano recorreu nesta quarta-feira ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para que o organismo internacional seja mediador no retorno dos jornalistas, como fez em anteriores ocasiões com sequestrados de vários grupos de guerrilha. Villegas indicou que o governo “recebeu hoje do CICV as garantias de que seus protocolos de ação estão prontos, para caso sua intervenção seja requerida”. Os comandantes do exército, general Alberto Mejía, e da polícia, general Jorge Nieto, retornarão hoje à região para manter as operações de busca.

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“Já se passou, a julgamento do governo, um tempo mais que prudencial para o retorno dos três jornalistas”, comentou Villegas, que acrescentou que “a partir de agora a responsabilidade da integridade e liberdade destes três cidadãos repousa exclusivamente em mãos do ELN”. O ministro também lembrou que o presidente Juan Manuel Santos “advertiu” o grupo de que não será possível começar os diálogos de paz estipulados se mantiverem pessoas presas.

No final de março, o governo e a ELN, que tem cerca de dois mil combatentes, acertaram o início de um diálogo de paz como parte dos esforços para acabar com um conflito de mais de meio século que deixou 220.000 mortos. No entanto, o presidente colombiano condicionou o início das negociações à suspensão dos sequestros e ataques contra oleodutos.

(Com EFE e Reuters)

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