Chefe de Gabinete de Cristina Kirchner é acusado de tráfico e assassinatos
Aníbal Fernández, que também é pré-candidato ao governo da província Buenos Aires, culpou a imprensa pela graves denúncias
A cinco dias das primárias que definirão os candidatos para o governo da região de Buenos Aires, o chefe de Gabinete de Cristina Kirchner e líder governista na disputa, Aníbal Fernández, foi acusado de tráfico de efedrina e de ser o mentor intelectual de um triplo homicídio. Em uma reportagem exibida pelo programa Periodismo para Todos, um dos acusados pelos assassinatos de Sebastián Forza, Leopoldo Bina e Damián Ferrón disse que Fernández, então ministro de Segurança e Justiça, estava por trás do crime e do tráfico. As mortes, ocorridas em 2008, tinham ligação com a venda ilegal da substância sintética.
Após a denúncia, Fernández se manifestou e repudiou as acusações. “É uma agressão superficial, que foi financiada por milhões de meus rivais. Falam em combater o narcotráfico. Que comecem por não comprar drogas desses comerciantes”, disse o atual número dois do kirchnerismo argentino.
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Fernández também fez referências críticas ao Grupo Clarín, opositor do governo de Cristina Kirchner, e dono da rede de televisão que produz e transmite o programa Periodismo para Todos. O pré-candidato que está em segundo lugar na campanha para ser o indicado governista para disputar o governo de Buenos Aires, Julián Domínguez, se solidarizou com Fernández, mas disse que ele deverá dar as “devidas explicações para a Justiça” sobre o caso.
As pesquisas de opinião sobre o futuro governo de Buenos Aires colocam os kirchneristas liderando as pesquisas. Por isso, para ambos os candidatos, quem vencer a disputa entre os seus correligionários terá grandes chances de governar a província mais rica e influente do país e substituir o atual governador Daniel Scioli, que será candidato à Presidência.
(Com ANSA)