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Bombardeios do regime sírio em Aleppo deixam dezenas de mortos

Ao menos 38 pessoas morreram nos ataques das forças de Bashar Assad contra bairros rebeldes

Por Da Redação
3 jun 2016, 18h02

A cidade síria de Aleppo sofreu novamente nesta sexta-feira com intensos bombardeios do regime de Bashar Assad contra os bairros rebeldes e seus arredores, informou a Defesa Civil. Ao menos 38 civis morreram nesses que foram os ataques mais violentos em 10 dias no país. Os bombardeios foram tão intensos que a oração de sexta-feira foi cancelada em um dos bairros da maior cidade do norte da Síria.

De acordo com a Defesa Civil síria, 28 civis morreram após o lançamento de dezenas de barris de explosivos. Outros 10 morreram quando aviões do regime atacaram um ônibus que circulava pelos arredores de Aleppo, na estrada de Castello, a única via que permite a saída das áreas controladas pelos insurgentes.

“A estrada de Castello está bloqueada de fato porque qualquer movimento é vigiado, seja de ônibus ou pedestres”, afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). “Isto quer dizer que os bairros rebeldes estão totalmente cercados”, advertiu. Segundo ele, o regime não deseja apenas atemorizar a população para impedir a circulação, mas também mostrar aos civis das zonas rebeldes “que a única porta de saída são os bairros sob seu controle”.

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Aleppo, antiga capital econômica da Síria e segunda maior cidade do país, está dividida em bairros controlados pelos rebeldes, na zona leste, e distritos administrados pelo governo, na zona oeste. A violência dessa sexta-feira aconteceu poucas horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York para tentar encontrar uma maneira de ajudar os habitantes desesperados das localidades cercadas na Síria.

Stephen O’Brien, chefe de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, informou o Conselho de Segurança que a ONU deve solicitar formalmente nos próximos dias a aprovação do governo sírio para o envio de ajuda humanitária por via aérea às regiões sitiadas pelas forças leias ao ditador Bashar Assad. Em junho, as Nações Unidas confirmaram que a Síria autorizou o fornecimento de ajuda humanitária por comboios terrestres em 12 zonas sitiadas no país.

O regime de Damasco também autorizou um fornecimento de ajuda limitada em três outras zonas. Assad, no entanto, rejeitou esse acesso à ajuda em duas outras áreas, indicou o escritório de operações humanitárias da ONU. De acordo com a organização, quase 600.000 pessoas vivem em 19 zonas ou localidades cercadas, principalmente por tropas do governo, e quase 4 milhões em áreas de difícil acesso. Muitas sofrem de desnutrição.

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(Com AFP)

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