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Boko Haram declara califado em área da Nigéria e corta mãos de infiéis

O grupo terrorista tomou a cidade de Mubi, no norte do país. População do município foge com medo do terror e imprensa local relata decapitações

Por Da Redação
4 nov 2014, 10h15

O grupo terrorista Boko Haram declarou um califado islâmico na cidade de Mubi, no nordeste da Nigéria, e cortou as mãos de dez pessoas que “descumpriram a lei islâmica”, informou nesta terça-feira a imprensa local. Os terroristas içaram sua bandeira e se auto declararam “soberanos” na cidade, que é a segunda mais povoada do estado de Adamawa, com 250.000 habitantes. Mubi está sob controle dos terroristas desde a última quarta-feira.

Alguns moradores, citados pelo jornal nigeriano The Punch, disseram que os terroristas cortaram as mãos de dez pessoas que foram declaradas culpadas de diversos delitos, incluindo o saque de propriedade. Outra testemunha afirmou que dois ímãs foram decapitados por milicianos de Boko Haram porque teriam pregado contra o grupo terrorista. Centenas de pessoas já abandonaram a região por medo de represálias dos terroristas.

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O que é um califado?

É um Estado islâmico governado por um único líder político e religioso, o Califa.

Califas são considerados por seus seguidores como sucessores de Maomé e soberanos sobre todos os muçulmanos.

O primeiro califado surgiu depois da morte do profeta Maomé, no ano de 632.

Nos séculos que se seguiram, foram criados outros califados no Oriente Médio e no Norte da África.

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O último califado foi abolido em 1924 pelo líder turco Kemal Ataturk, criador do Estado moderno turco, depois do colapso do Império Otomano.

Diante da onda de ataques a cidades, o vice-governador do estado de Borno, Alhaji Zanna Mustapha, advertiu que os estados de Adamawa, Borno e Yobe – em situação de emergência desde maio – poderiam ser invadidos pelo Boko Haram em questão de semanas a menos que o governo federal intensifique seus esforços para deter o grupo extremista. Até o momento, mais de quinze localidades do norte do país estão sob o controle dos terroristas, que assassinaram centenas de pessoas, a maioria de cristãs.

No sábado o líder de Boko Haram, Abubakar Shekau, negou em um vídeo que o grupo terrorista tenha acordado um cessar-fogo com o governo nigeriano e que vá libertar as mais de 200 meninas sequestradas há seis meses em uma escola de Chibok, no norte do país. “O assunto das meninas está esquecido porque já faz tempo que foram casadas”, disse Shekau, que avisou que as menores não voltarão para suas famílias.

Desde que a polícia matou, em 2009, com o então líder e fundador de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se intensificou nos últimos meses. Neste ano, o grupo islamita assassinou cerca de 3.000 pessoas e mais de 12.000 desde 2009, segundo os cálculos do governo nigeriano. O grupo Boko Haram, que significa em línguas locais ‘a educação não islâmica é pecado’, luta para instituir um califado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

(Com agência EFE e France-Presse)

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