Banco Central alemão defende acolher refugiados para manter nível de bem-estar
'Quanto mais conseguirmos que aqueles que vêm para ficar se integrem na sociedade e no mercado de trabalho, maiores serão as oportunidades', disse Jens Weidmann
Por Da Redação
16 set 2015, 08h51
O presidente do Bundesbank (o Banco Central alemão), Jens Weidmann, disse que a Alemanha necessita de refugiados, “mão de obra adicional para poder manter seu nível de bem-estar”. Em uma entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung publicada nesta quarta-feira, Weidmann disse que “a imigração oferece também oportunidades e quanto melhor conseguirmos que aqueles que vêm para ficar se integrem na sociedade e no mercado de trabalho, maiores serão as oportunidades”.
Além disso, Weidmann disse que “fazer frente ao fluxo de refugiados exigirá muito da Alemanha”, considerando que “a situação econômica da Alemanha dentro da zona do euro é boa”. No entanto, o presidente do Bundesbank advertiu que “isto não é algo que se dê de forma natural e nem uma razão para ficar de braços cruzados. O auge econômico atual chegará a seu fim em algum momento. No longo prazo a Alemanha enfrenta notáveis desafios, como o envelhecimento da população, a crescente concorrência de países emergentes e a transição energética”.
Holanda se prepara – A Holanda está adaptando prisões vazias, centros de convenções e outros edifícios públicos para alojar os milhares de refugiados que chegaram nas últimas semanas em busca de asilo, informa a rede BBC nesta quarta. As antigas prisões das cidades holandesas de Arnhem e Haarlem, conhecidas por seus tetos de abóbada, abrigarão centenas de refugiados, assim como o centro de exposições Jaarbeurs, na cidade de Utrecht.
A cidade de Amsterdã concordou em receber 1.500 refugiados, e embora não tenha informado onde os alojará, mas a imprensa especula que será em prédios de escritórios vazios e ginásios poliesportivos. A agência holandesa para o amparo de solicitantes de asilo e o subsecretário de Justiça da Holanda, Klaas Dijkhoff, pediram as autoridades locais que ajudem a identificar todos os alojamentos potenciais. Na cidade de Weert, ao sul de Amsterdã, a prefeitura receber 1.000 refugiados em um antigo quartel por um período de até cinco anos.
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