Uma grande explosão atingiu o centro de Ancara, a capital da Turquia, às 16h35 do horário local (13h35 em Brasília). O atentado, que aconteceu na praça de Kizilay, perto de uma delegacia e um ponto de ônibus, deixou pelo menos 34 mortos e 125 feridos, segundo informou o escritório do governo da capital da Turquia em um comunicado.
De acordo com o ministro turco da Saúde, Mehmet Muezzinoglu, um carro-bomba foi detonado: “Trinta pessoas morreram na hora, e outras quatro no hospital”, declarou à imprensa, ao final de uma reunião de segurança convocada pelo primeiro-ministro Ahmet Davutoglu.
O presidente turco, o conservador islamita Recep Tayyip Erdogan, denunciou que o atentado de hoje foi cometido pelos combatentes curdos sírios das Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio do PKK.Saleh Muslim, chefe do Partido da União Democrática (PYD), que tem nas YPG seu braço armado, e Cemil Bayik, uma das lideranças do PKK, rejeitaram as acusações.
O presidente francês, François Hollande, enviou “ao povo turco uma mensagem de profunda solidariedade, depois de um desprezível atentado que atingiu o centro de Ancara esta noite, causando um grande número de vítimas”. “A França está ao lado da Turquia para continuar com ela a luta contra o terrorismo que atinge todos os lugares e deve ser combatido com a maior energia”, acrescentou.
Há vários meses, a Turquia se encontra em alerta máximo, após uma série de atentados letais, entre eles quatro ataques atribuídos pelas autoridades ao grupo Estado Islâmico (EI).
O mais sangrento deles aconteceu em 10 de outubro passado, cometido por dois suicidas. Ambos se detonaram no meio de manifestantes da causa curda, na frente da estação central de Ancara. O saldo foi de 103 mortos.
Em 12 de janeiro deste ano, 12 turistas alemães morreram em um outro atentado suicida no bairro turístico de Sultanahmet, em Istambul.
(Com AFP)