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Ataques aéreos da coalizão contra o EI podem ter matado mais de 400 civis

Documento divulgado por um grupo independente reporta a morte de 459 pessoas, entre elas mais de 100 crianças. EUA e seus aliados só reconhecem duas fatalidades

Por Da Redação
3 ago 2015, 15h16

A campanha de ataques aéreos contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria já matou mais de 450 civis, de acordo com um novo relatório publicado pelo grupo de monitoramento independente Airwars e divulgado com exclusividade nesta segunda-feira pelo jornal The Guardian. No entanto, a coalizão liderada pelos Estados Unidos só reconheceu a morte de duas pessoas.

Mais de 5.700 ataques aéreos foram lançados durante a campanha contra os jihadistas, que completará um ano no próximo sábado, dia 08 de agosto. A Airwars, um projeto conduzido por jornalistas que visa acompanhar ataques aéreos internacionais contra o grupo terrorista, deve publicar ainda mais detalhes sobre os 52 ataques, que acreditam ter causado pelo menos 459 mortes de civis, entre eles mais de 100 crianças.

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O relatório aponta que os esforços para limitar o risco para os civis são dificultados pela ausência de transparência e responsabilização efetiva de quase todos os membros da coalizão. O comandante do projeto, Chris Woods, afirmou ao jornal britânico The Guardian que o comprometimento da coalização com a precisão dos ataques não é tão grande quando seus dirigentes afirmam: “A ênfase na precisão não foi comprovada pelos fatos observados no solo”.

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O Comando Central dos EUA (Centcom), a principal força na campanha, publicou uma investigação oficial em maio desse ano, em que concluíam que duas crianças haviam sido mortas em novembro de 2014, na Síria. O Centcom também conduziu mais três investigações sobre outros ataques, em que considerou as queixas de mortes de civis “sem fundamento”. Segundo o líder da coalizão, general John Hesterman, a campanha é “a mais precisa e disciplinada da história das guerras aéreas”.

Uma das investidas examinadas aconteceu na cidade de Fadhiliya, no Iraque, no dia 4 de abril. O Guardian investigou o ataque, e por meio de depoimentos de testemunhas locais descobriu que uma família de cinco pessoas morreu, entre eles uma mulher grávida e uma menina de 8 anos de idade. O Centcom afirmou a Airwars que só publicaria mais investigações quando tivesse “muitas evidências” da morte de civis. Acredita-se que o Comando esteja investigando atualmente outros seis incidentes envolvendo ataques contra o EI.

(Da redação)

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