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Ataque de milícia islâmica deixa 36 mortos no Quênia

Muçulmanos tiveram a vida poupada em ataque do Al Shabab em uma pedreira no nordeste do país. Na última semana, o grupo atacou um ônibus na mesma região

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 09h49 - Publicado em 2 dez 2014, 07h10

(Atualizado às 13h18)

Um novo ataque da milícia islâmica Al Shabab deixou ao menos 36 mortos em uma pedreira em Korome, perto da cidade de Mandera, no nordeste do Quênia. Trabalhadores muçulmanos foram separados e apenas os cristãos foram mortos, segundo relatos de testemunhas.

“A milícia separou os muçulmanos, em seguida ordenou os não-muçulmanos a deitarem no chão e atiraram contra eles, na cabeça, de perto”, disse Hassan Duba, morador da região.

Aproximadamente vinte homens teriam participado do ataque, perpetrado nas primeiras horas desta terça-feira, quando os trabalhadores estavam dormindo em um acampamento. Há relatos de que as barracas dos trabalhadores foram incendiadas e de que ao menos duas vítimas foram decapitadas.

Saiba mais:

Al Shabab, o grupo terrorista com o qual nem Bin Laden quis aliança

Depois do massacre, o presidente Uhuru Kenyatta demitiu o ministro do Interior, Joseph Ole Leku, que será substituído pelo político de oposição e ex-general do Exército Joseph Nkaissery. E aceitou o pedido de renúncia do chefe da polícia, David Kimayo.

Pouco antes do ataque na pedreira, o grupo havia disparado contra as pessoas que estavam em um bar popular entre não-muçulmanos na cidade de Wajir, em ação que deixou ao menos um morto e doze feridos na noite de ontem. Os terroristas abriram fogo e lançaram granadas contra os que estavam no local.

Na última semana, o grupo somaliano que declarou fidelidade à Al Qaeda em 2012 já havia matado 28 pessoas em um ônibus na mesma região. O ataque seguiu o mesmo roteiro, com os muçulmanos sendo poupados da morte.

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O Al Shabab (“A Juventude”, em árabe), surgiu em 2006 como um braço armado dos tribunais da sharia, a lei islâmica, na Somália, então assolada por uma guerra civil. E tem como bandeira livrar a África de qualquer influência ocidental.

O grupo intensificou seus ataques no Quênia a partir de 2011, quando tropas do país cruzaram a fronteira para ajudar no combate à milícia. Em setembro do ano passado, membros do Al Shabab, armados com granadas e fuzis, invadiram o shopping Westgate em Nairóbi, deixando dezenas de mortos.

O ataque ao ônibus provocou protestos na capital Nairóbi e cobranças por ações do governo para garantir a segurança da população. A mudança no ministério e na chefia de polícia é uma tentativa de responder aos críticos que afirmam que o presidente não tomou medidas eficientes para controlar a situação no país. Depois do ataque contra o ônibus na última semana, as autoridades disseram que ao menos 100 milicianos foram mortos – o Al Shabab negou a informação.

https://www.youtube.com/watch?v=Tsz9w41__k0

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(Com agência Reuters)

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