Um comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu nesta quinta-feira que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, está “detido arbitrariamente” na embaixada do Equador em Londres. Assange tinha informado que aceitaria ser preso na Suécia se o comitê da ONU entendesse que seu refúgio na embaixada não se configura como uma prisão ilegal – seus advogados afirmam que ele ainda não foi condenado por nenhum crime. De acordo com a BBC, a decisão da ONU favorável a Assange não anula a determinação da Justiça britânica de extraditá-lo para a Suécia e, por isso, o futuro do australiano está indefinido.
Assange completou no dia 19 de junho do ano passado três anos refugiado na embaixada equatoriana em Londres. Se ele deixar o prédio, será preso e extradição à Suécia, onde é investigado por crimes sexuais. O jornalista australiano teme ser extraditado ao país escandinavo, pois depois ele poderia ser enviado para os Estados Unidos, onde poderia enfrentar um julgamento por ter revelado no Wikileaks segredos sobre questões de segurança do país.
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Em Quito, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse na quarta-feira que estava “preocupado” com a saúde de Assange, e afirmou que o ativista sofre com problemas de saúde pelos e deve se submeter a uma revisão médica fora da embaixada. O responsável pela diplomacia equatoriana insistiu que espera “somente que a Grã-Bretanha ofereça o salvo-conduto” para que Assange possa viajar ao Equador.
(Da redação)