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Argentina realiza primárias, o ‘primeiro turno virtual’

Cada partido apresenta sua lista de candidatos e os melhores colocados de cada legenda irão disputar as eleições reais em outubro. Pesquisas apontam governista na liderança

Por Da Redação
9 ago 2015, 13h09

Neste domingo, 32 milhões de argentinos estão habilitados a votar em singulares primárias obrigatórias, nas quais os candidatos à Presidência do país serão oficializados e que servem de termômetro para as eleições gerais de outubro. Daniel Scioli, o candidato do partido do governo, o peronista de centro-esquerda Frente para a Vitória (FPV), e aliado da presidente Cristina Kirchner, lidera todas as pesquisas de intenção de voto com uma média de 35%.

Seu maior adversário é o atual prefeito da capital Buenos Aires, Mauricio Macri. Famoso por ter sido presidente do popular clube de futebol Boca Juniors, Macri é da coalizão conservadora Cambiemos, opositora ao governo, e está atualmente com 25% das intenções. Já o deputado de centro-direita Sergio Massa, da coligação Unidos por uma Nova Alternativa (UNA), é um ex-kirchnerista que rompeu com o governo e foi para a oposição. Ele ganhou espaço nas últimas semanas e tem 15% das intenções de votos, segundo as sondagens.

Nesta tarde, Mauricio Macri denunciou o roubo de cédulas em colégios eleitorais, mas expressou confiança nos fiscais para evitar uma fraude nas eleições. “Como se supunha, estão começando a roubar cédulas”, disse Macri à rádio “Mitre”, após votar em um colégio do bairro de Palermo. O líder opositor advertiu que há pessoas que entram nas cabines de votação “magras e saem gordas”. Segundo o político, para evitar o problema, é necessário deixar para trás o “sistema arcaico” do voto com cédulas e apostar em um sistema de votação eletrônica, como o usado nas eleições para a prefeitura de Buenos Aires, em julho.

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O curioso sistema eleitoral argentino faz com que as primárias funcionem como um virtual primeiro turno. Cada partido apresenta sua lista de candidatos e os melhores colocados de cada legenda irão disputar as eleições de verdade, em 25 de outubro. Scioli é o candidato único do FPV e terá seu nome na cédula em outubro; já os opositores Macri e Massa ainda precisam confirmar o favoritismo – algo que os institutos de pesquisa apontam que eles conseguirão.

Se as previsões forem confirmadas, Macri, de 56 anos, vencerá com folga seus dois concorrentes na Cambiemos, o senador Ernesto Sanz e a deputada Elisa Carrió. Já Sergio Massa, de 43 anos, deverá derrotar José Manuel de la Sota, atual governador da província de Córdoba, segundo distrito eleitoral, na disputa interna da aliança UNA, de centro-direita e peronistas opositores ao governo. Outros sete pré-candidatos presidenciais participarão das primárias. Dois deles se enfrentarão em uma disputa interna da esquerda, com a aspiração de superar o piso de 1,5% dos votos, necessário para poder competir em outubro.

Cristina Kirchner está inabilitada pela Constituição para exercer um terceiro mandato e faz campanha por Scioli, ex-vice-presidente de Néstor Kirchner e, desde 2007, governador da província de Buenos Aires, um distrito chave que concentra quase 37% dos eleitores do país.

Primárias – As primárias argentinas foram criadas em 2009 e aplicadas pela primeira vez em 2011, ano em que a presidente Cristina foi reeleita no primeiro turno com 54% dos votos. A originalidade é que são primárias abertas, simultâneas e obrigatórias, ou seja, todos os partidos competem no mesmo dia e em todo o país. No domingo os argentinos escolherão os integrantes de cada partido ou aliança que competirão em 25 de outubro nas eleições para escolher um presidente e renovar o Congresso, além de votar nos legisladores para o Parlasul, o Parlamento do Mercosul.

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Em alguns casos são tantos os cargos a serem eleitos que a cédula eleitoral medirá até 1,2 metro, como na província de Catamarca, no noroeste do país, que votará com a cédula mais longa da história eleitoral do país.

(Da redação)

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