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Arábia Saudita é acusada de tentar sabotar acordo climático em Paris

Segundo observadores da Cúpula do Clima, o país teme que uma resolução prejudique seu futuro como um dos maiores produtores de petróleo do mundo

Por Da Redação
8 dez 2015, 16h49

A Arábia Saudita foi acusada nessa terça-feira de tentar sabotar a Cúpula do Clima (COP-21) para proteger seu futuro como um dos principais produtores de petróleo. Agora que as negociações entraram na reta final, os representantes internacionais e ativistas queixam-se cada vez mais da posição tomada pelo país, que, segundo eles, está impedindo que os participantes cheguem a um acordo.

Durante as discussões na Cúpula, a Arábia Saudita se opôs à ambiciosa meta de limitar o aquecimento médio da terra a 1,5°C até o final do século, endossada por mais de 100 países, incluindo as nações mais vulneráveis e grandes poluidores, como países da União Europeia, os Estados Unidos e a China. De acordo com o jornal britânico The Guardian, os sauditas também se posicionaram contra a proposta de serem feitas revisões periódicas dos planos sobre mudanças climáticas.

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Os delegados do país se queixam que apresentar de um plano de soluções para conter mudanças climáticas antes da Cúpula já foi muito difícil. “É inaceitável que países em desenvolvimento, como o meu, tenham que participar desses chamados mecanismos de ajustes”, teriam dito representantes sauditas durante as sessões.

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“O mundo está mudando e isso os está deixando muito nervosos”, afirmou Wael Hmaidan, diretor da Climate Action Network, uma rede de mais de 900 ONGs que lutam contra as mudanças climáticas. “Qualquer coisa que aumente a ambição ou acelere a transição de formas de energia – que já está acontecendo – é algo que eles vão tentar bloquear”, disse Hmaidan ao Guardian.

Antes de ser superada pelos Estados Unidos, a Arábia Saudita era o maior produtor de petróleo do mundo e atualmente é listada como o décimo maior poluidor do mundo, de acordo com a Enerdata, uma consultoria especializada no assunto. O reino também enfrenta grande pressão para diversificar as formas de energia utilizadas, já que quase toda a demanda de energia elétrica doméstica do país é suprida pelo petróleo.

(Da redação)

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