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Após oito anos, Cristina Kirchner se despede da Presidência da Argentina

“À meia-noite, me transformo em abóbora”, disse Cristina, que criticou a decisão judicial que determinou o horário do fim de seu mandato

Por Da Redação
10 dez 2015, 07h18

Milhares de militantes compareceram a um evento em frente à Casa Rosada na noite desta quarta-feira para se despedirem da agora ex-presidente argentina Cristina Kircher. Em seu último discurso como líder do governo do país, ironizou o fato de a Justiça ter determinado que o fim do seu mandato seria à 0h desta quinta-feira no horário local (1h em Brasília). “À meia-noite, me transformo em abóbora”, disse.

Aliados de Cristina e do novo presidente eleito, Mauricio Macri, passaram os últimos dias discutindo sobre a cerimônia de posse desta quinta-feira, que começa às 12h locais (13h em Brasília). A ex-líder argentina queria passar a faixa e o bastão presidenciais na no Congresso, diante da Assembleia Legislativa – e seus aliados. Já o ex-prefeito de Buenos Aires insistiu para que o evento ocorresse na Casa Rosada, sede do governo argentino.

A aliança Cambiemos, de Macri, pediu na Justiça que o mandato de Cristina se encerrasse à 0h desta quinta-feira. Até às 12h de hoje, a Argentina tem um líder temporário, o presidente provisório do Senado, Federico Pinedo. Com a medida, a ex-presidente deixou de ter o poder de decisão sobre a cerimônia de posse, mas também não comparecerá ao evento nesta quinta-feira. A cerimônia, enfim, começa às 12h locais no Congresso, onde Macri fará um juramento. Às 13h30 locais, na Casa Rosada, ele receberá a faixa e o bastão presidenciais de Pinedo.

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“É verdade que vi muitas medidas cautelares. Mas nunca pensei em minha vida que haveria um presidente cautelar durante 12 horas em meu país”, disse Cristina em seu discurso de 45 minutos na Praça de Maio. Ela afirmou que é “doloroso” e “muito difícil” ver “um presidente instituído por uma sentença judicial em quem ninguém votou”.

A presidente pediu a seus seguidores que tenham uma “atitude positiva” para contribuir para que os “avanços” obtidos por seu governo “não possam ser destruídos”. “Peço a Deus que ilumine os que terão a responsabilidade de governar o país, que cuidem da Argentina, porque não há lugar seguro no mundo e temos que ter clareza e inteligência de saber que temos que pôr os interesses do país acima de qualquer alinhamento externo”, disse.

Cristina deu indícios de que seguirá na política. “O trabalho continua. O lugar natural de um militante não tem que ser o governo, o lugar natural de um militante sempre é junto ao povo, às pessoas”. Pouco antes do ato, a ex-presidente havia inaugurado, ao lado do presidente boliviano, Evo Morales, um busto de Néstor Kirchner dentro da Casa Rosada.

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Macri – Manifestantes pró-Macri também ocuparam as ruas de Buenos Aires na noite desta quarta-feira, quando centenas de pessoas estiveram em frente à casa do novo presidente eleito. Elas cantaram o hino nacional e gritavam “sim, é possível” na Avenida de Libertador, no bairro Parque. Buzinas e fogos de artifício também foram ouvidos à 0h local em outros pontos da cidade para receber, antecipadamente, o novo presidente.

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(Da redação)

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