Após execução bárbara de piloto, Jordânia vai enforcar mulher-bomba
Sajedah Rishawi, condenada à morte por participar de um atentado em Amã, deverá ser enforcada nesta quarta-feira. Outros presos por envolvimento com o terrorismo também devem ser executados
As autoridades jordanianas vão enforcar a terrorista da Al Qaeda Sajedah Rishawi nesta quarta-feira, como resposta à bárbara execução do piloto Moaz Kasasbeh pelo Estado Islâmico. “A pena de morte contra a iraquiana Sajedah Rishawi será executada amanhã ao amanhecer”, informou à agência France-Presse uma fonte de segurança jordaniana, que pediu para ter sua identidade preservada.
Outros presos por envolvimento com o terrorismo também devem ser enforcados, informou a agência EFE, entre eles Ziad al Karbuli, assistente de Abu Musab al-Zarqawi, jordaniano que havia ascendido a chefe da Al Qaeda no Iraque e foi morto pela CIA em 2006.
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Karbuli, detido em território iraquiano pelo exército jordaniano, foi condenado à morte em 2008, acusado de matar um motorista jordaniano. A iraquiana Sajedah foi detida depois de participar de um atentado a bomba em Amã, que deixou quase sessenta mortos, em 2005. Os explosivos que levava presos ao corpo falharam.
O Estado Islâmico tinha exigido a libertação de Sajedah, também condenada à morte, como condição para libertar o jornalista japonês Kenji Goto. A Jordânia queria a liberação também do piloto e pediu uma prova de vida de Kasasbeh, que os terroristas nunca apresentaram. A execução do refém japonês foi anunciada pelos jihadistas no último sábado, em um vídeo com sua decapitação.
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Nesta terça, o EI divulgou um novo vídeo em que o piloto é queimado vivo dentro de uma jaula. Depois da divulgação das imagens, o Exército jordaniano prometeu “vingar” o assassinato de Kasasbeh.
O principal grupo de oposição na Jordânia, a Irmandade Muçulmana, condenou o assassinato do militar e o qualificou como “crime horrível que contradiz os princípios islâmicos e os direitos dos cativos na religião islâmica”.
Em Karnak, cidade natal de Kasasbeh, situada a 120 quilômetros ao sul de Amã, houve protestos contra o governo, que foi responsabilizado pela morte do oficial por ter se unido à coalizão internacional formada para combater o avanço do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
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