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Antes de deixar o governo, funcionários de Cristina saquearam prédios públicos

Computadores, câmeras fotográficas, telefones celulares e até aparelhos de telefone fixos desapareceram das dependências da Casa Rosada, sede do governo da Argentina

Por Da Redação
19 dez 2015, 09h25

Se a transferência de poder entre a ex-presidente Cristina Kirchner e seu sucessor, Mauricio Macri, pareceu mais uma novela pelo enfrentamento que mantiveram sobre os detalhes da cerimônia de posse, ministros, governadores, prefeitos e o próprio presidente também estão vivendo situações grotescas em seus novos cargos. O novo presidente da Argentina não pôde utilizar o automóvel conversível da frota presidencial que costumava ser usado nas cerimônias de posse porque não funcionava. O veículo que utilizou, segundo meios de comunicação locais, também da frota presidencial, acumulava um bom número de multas e uma dívida pelo não pagamento do emplacamento. Após assumir a Presidência, Macri quis tomar um banho na Casa Rosada, sede do Executivo. Para sua surpresa, teve que tomar uma ducha fria porque não havia água quente.

Alguns dos colaboradores de Macri pediram um café com leite na Casa Rosada, mas também não tiveram sorte. Não havia leite e os encarregados do serviço comunicaram que não tinham autorização para reposição. Computadores, câmeras fotográficas, telefones celulares e até aparelhos de telefone fixos desapareceram das dependências da Casa Rosada. Do escritório do ex-chefe de gabinete desapareceram os seis televisores que o funcionário costumava utilizar para acompanhar as últimas notícias.

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Outros escritórios do governo, onde funcionam ministérios e secretarias também foram saqueados. Computadores, televisores, câmeras fotográficas e até telefones e cafeteiras desapareceram durante a transferência de poderes nas distintas administrações argentinas. Em seu primeiro discurso público, o novo diretor do Instituto Nacional de Estatísticas (Indec), Jorge Todesca, denunciou que tinha encontrado uma paisagem de “terra arrasada” no organismo. Todesca não se referia tanto à subtração de equipamentos, mas ao descontrole do organismo. “Há muitas pessoas que não sabem a quem responder ou por que recebem seus salários. Não existem recursos, nem humanos e nem materiais” para realizar o trabalho no Indec, lamentou.

O novo prefeito de La Rioja, Alberto Paredes Urquiza, afirmou que herdou uma situação financeira crítica, com 160 pesos (cerca de 80 reais) no caixa, e adiantou uma investigação sobre o desaparecimento de mobília e ferramentas de trabalho nos escritórios da administração municipal. O novo governador da província de Chubut, Mario das Neves, peronista rival ao kirchnerismo, denunciou que os funcionários da administração anterior – kirchneristas – levaram veículos oficiais, computadores, câmeras e telefones. “Vamos mandar documentos e em poucos dias revelaremos os nomes e sobrenomes para ver se têm um pouco de vergonha”, ameaçou Neves. “Não posso entender que os funcionários que saem junto com o antigo governo não devolvam os pertences do Estado”, insistiu o governador.

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(Com agência EFE)

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