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Americana que sofreu mutilação genital denuncia a prática nos EUA

Filhas de imigrantes são enviadas para o exterior para sofrerem a mutilação, mas o governo americano reconhece que a aberração também é ilegalmente praticada nos EUA

Por Da Redação
22 jun 2016, 10h32

Mariya Taher, americana que sofreu mutilação genital na Índia quando tinha 7 anos de idade, denuncia que a prática também existe nos Estados Unidos. “Minha irmã sofreu isso nos EUA”, disse ela à emissora ABC News. “Eu me lembro dela chorando e que não podia vê-la. Na época eu era uma criança inocente e achava que isso acontecia com todas as mulheres e agora era a vez da minha irmã”, completou.

Temendo represálias, Mariya já tinha dado uma entrevista à mesma emissora em 2015, mas escondendo o rosto e utilizando um nome falso. Nesta quarta, ela revelou sua identidade com o objetivo de incentivar outras americanas que sofreram a mesma violência a fazer o mesmo. Hoje ela vive em Cambridge, Massachusetts, e faz parte de um grupo de estudos e ativismo que denuncia a prática da mutilação genital feminina.

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Mariya afirmou que sua “operação” aconteceu em Mumbai, na Índia, quando foi levada para fazer as “férias do corte” (vacation cutting). Muitas americanas filhas de imigrantes são enviadas para o exterior para sofrerem a mutilação, mas o governo americano reconhece que a aberração também é ilegalmente praticada nos EUA. Em alguns casos, médicos realizam o procedimento em clínicas particulares a pedido dos pais. Outras vezes, a violência é praticada na casa das famílias que pagam pelo serviço.

Neste ano, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão subordinado à Secretaria de Saúde dos EUA, estimou que o número de mulheres e meninas que podem ter sofrido o procedimento no passado, ou podem estar em risco de sofrer o processo no futuro, mais do que triplicou entre 2000 e 2013. A agência estimou que mais de 500.000 meninas e mulheres americanas já sofreram ou ainda podem sofrer mutilação genital.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as mutilações genitais femininas afetam entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres no mundo e esta prática se estendeu nos últimos anos aos países ocidentais por causa do aumento dos fluxos migratórios. O procedimento é praticado por razões culturais ou religiosas.

(Da redação)

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