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Airbus protocolará queixa-crime por espionagem na Alemanha

A promotoria do país europeu está investigando acusações de que o serviço secreto traiu os próprios interesses alemães para espionar a mando dos EUA

Por Da Redação
30 abr 2015, 17h30

O grupo de aviação Airbus formulará uma queixa-crime na Justiça para cobrar informações da Alemanha sobre quais comunicações da empresa foram espionadas a mando dos Estados Unidos. Uma investigação movida pela promotoria alemã tem averiguado denúncias de que o Serviço de Inteligência Federal (BND, em alemão) do país traiu os interesses de Berlim ao monitorar dados de alvos europeus em favor da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) americana. Por meio de um comunicado enviado à agência de notícias France-Presse, a Airbus se disse “alarmada” com as denúncias, sem entrar em detalhes.

Segundo o comunicado, a empresa acusará criminalmente “pessoas desconhecidas por suspeita de espionagem industrial”. “Estamos cientes de que grandes companhias do setor, assim como a nossa, são alvos de espionagem. Contudo, estamos alarmados com este caso porque existe uma suspeita concreta”, diz a nota da Airbus. Entre as informações requeridas pela NSA estavam dados que poderiam indicar uma possível infração aos embargos comerciais por parte das companhias europeias. A Presidência e a chancelaria da França e a Comissão Europeia também tiveram as comunicações monitoradas e repassadas para a NSA.

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Segundo a rede BBC, os relatórios não indicam até o momento que o BND tenha espionado políticos alemães. A prática configuraria uma infração a um acordo assinado em 2002 entre as agências de Alemanha e Estados Unidos. Há indícios, no entanto, que Berlim tomou conhecimento da rede de espionagem contra empresas europeias por volta de 2008. A imprensa local afirma que o governo alemão teria encontrado algumas lacunas nas operações do BND que denunciariam o monitoramento das comunicações.

Histórico – Washington e Berlim têm se empenhado para reparar os danos causados às relações diplomáticas dos países pelos vazamentos do ex-técnico de inteligência da NSA, Edward Snowden. Arquivos fornecidos à imprensa internacional por Snowden provaram que a agência americana havia monitorado e escutado as comunicações pessoais do celular da chanceler Angela Merkel. Além de provocar um profundo mal-estar entre os países, a informação fez com que o governo alemão desse início a uma investigação interna para apurar os métodos adotados por seu serviço secreto.

(Da redação)

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