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Afeganistão: Talibã controla parte da cidade estratégica de Kunduz

Os terroristas invadiram a cidade na madrugada dessa segunda-feira e libertaram centenas de presos

Por Da Redação
28 set 2015, 19h08

Pela primeira vez desde a queda de seu regime em 2001, o Talibã assumiu o controle de parte da cidade estratégica de Kunduz, localizada no norte do Afeganistão. A ofensiva dos talibãs contra a região comercial de 300.000 habitantes começou nas primeiras horas desta segunda-feira, provocando a fuga de centenas de pessoas. No início da tarde, os insurgentes entraram na cidade.

À noite, os terroristas controlavam “metade da cidade, mas nossas tropas seguem resistindo em alguns bairros”, afirmou Sayed Sarwar Hussaini, porta-voz da polícia da província de Kunduz. Segundo a fonte, os talibãs atacaram a prisão de Kunduz “e libertaram centenas de presos”, incluindo vários islamitas. De acordo com um funcionário local, os insurgentes hastearam suas bandeiras na praça central da cidade, e já ocupam o gabinete do governador da província.

Os talibãs também assumiram o “controle do hospital municipal de Kunduz, que tem 200 leitos”, segundo uma fonte. “Eles caçam os soldados feridos”, explicou Sahad Mukhtar, diretor do centro médico.

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Por sua vez, o governo afegão afirmou que as forças de segurança lutam contra os insurgentes nos arredores da cidade e anunciou o envio de reforços para “reverter a situação”, segundo as palavras do general Murad Ali Murad. Ele informou que dois policiais, quatro civis e 25 talibãs morreram na ofensiva.

Os insurgentes islamitas, cada vez mais ativos na região norte do país, conseguiram em abril e junho deste ano chegar aos arredores de Kunduz. Nas duas ocasiões, no entanto, a polícia e o exército impediram a entrada na cidade, que fica a 100 km da fronteira com o Tadjiquistão. Entretanto, o exército afegão não conta mais com o apoio das tropas estrangeiras da Otan, que encerrou sua missão de combate em dezembro do ano passado. Atualmente, a Aliança Atlântica mantém apenas 13.000 soldados dedicados às tarefas de treinamento e assessoria.

A queda de Kunduz seria um grande revés para o governo de Ashraf Ghani, que prometeu durante sua eleição em 2014 trazer a paz ao seu país, dilacerado por mais de 30 anos de conflito, cerca de 14 com o Talibã. Apesar de um grave conflito interno sobre a sucessão de sua figura paterna, o mulá Omar, os talibãs continuam a realiza regularmente ataques e confrontar o exército e a polícia em grande parte do país.

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(Com agência France-Presse)

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