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WikiLeaks: Linhas-duras do Irã impediram acordo nuclear

Documentos sugerem que iranianos confiam mais nos EUA do que na Rússia

Por Da Redação
4 jan 2011, 13h37

Telegramas diplomáticos divulgados nesta terça-feira pelo site WikiLeaks mostram que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, – o fanático religioso e populista que diversas vezes já provou a tirania do regime iraniano e chocou o mundo com suas ameaças verbais e demonstrações de força – tentou chegar a um acordo de troca de combustível nuclear mais de um ano atrás. Sua voz teria sido abafada pela pressão interna de linhas-duras que viam a medida como uma “derrota virtual”.

Os documentos também dão a entender que o Irã confiou em seu arqui-inimigo, os Estados Unidos, mais do que em seu aliado, a Rússia, para dar prosseguimento à proposta apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) de fornecer combustível pronto para o reator iraniano em troca da desistência do Irã em controlar seu próprio estoque de urânio de baixo enriquecimento.

A avaliação foi feita para um importante enviado norte-americano pelo ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, cujo país tem um relacionamento de amizade com Teerã e vai sediar a próxima rodada de negociações nucleares neste mês entre o Irã e seis potências nucleares, dentre elas os EUA.

No final de 2009, Davutoglu disse ao secretário-assistente de Estado, Philip Gordon, que o governo iraniano queria negociar um acordo de troca de combustível, mas que Ahmadinejad enfrentava “enormes pressões”, segundo um memorando secreto.

O memorando também diz que aparentemente os iranianos têm “mais confiança” nos enviados norte-americanos do que nos negociadores britânicos, e “prefeririam obter o combustível dos Estados Unidos em vez da Rússia”. As negociações entre o Irã e as potências mundiais foram retomadas em Genebra no mês passado após um impasse que durou mais de um ano.

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ONU – A proposta de troca de combustível é o ponto central dos esforços internacionais para controlar o programa nuclear do Irã, que vários países temem que possa levar ao desenvolvimento de armas atômicas. O Irã afirma que usa seus reatores apenas para a geração de energia e para pesquisas.

O projeto da ONU apresentado em 2009 pediu ao Irã que enviasse seu urânio de baixo enriquecimento para fora do país e recebesse, em troca, combustível pronto para o uso. O Irã recusou a proposta e propôs alternativas de troca de combustível envolvendo aliados como Brasil e Turquia. Mas os seis países – os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha – disseram que a oferta não atingiu suas expectativas.

(Com Agência Estado)

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