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Última integrante do Pussy Riot é solta na Rússia

Nadezhda Tolokonnikova cumpria pena na Sibéria e gritou "Rússia sem Putin!" ao deixar prisão

Por Da Redação
23 dez 2013, 09h22

Nadezhda Tolokonnikova, integrante do grupo punk russo Pussy Riot que cumpria pena há quase dois anos, foi libertada na manhã desta segunda-feira. A jovem de 24 anos era a única das três integrantes da banda condenadas por “vandalismo motivado por ódio religioso” que permanecia na prisão, cumprindo pena em uma unidade de Nizhny Ingash, na Sibéria, a mais de 3.500 quilômetros de Moscou. Horas antes de Tolokonnikova, Maria Alyokhina, de 25 anos, foi solta.

Ambas foram beneficiadas por uma anistia promovida pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no que está sendo interpretado como um esforço para melhorar a imagem do país no exterior antes da realização dos Jogos Olímpicos de Inverno, que vão ser sediados na cidade russa de Sochi, em fevereiro. Pela previsão original da pena, elas deveriam ficar presas até março de 2014. A terceira integrante da banda, Yekaterina Samutsevich, está em liberdade condicional desde outubro de 2012.

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Na saída do hospital penitenciário, Tolokonnikova foi recebida por seu marido, Piotr Verzilov, que vinha liderando uma campanha pela libertação da artista. Segundo o jornal The Guardian, assim que deixou a prisão, Tolokonnikova gritou para a imprensa “Rússia sem Putin!”. Durante seu período de prisão, a integrante chegou a realizar duas greves de fome para protestar contra as condições do encarceramento.

“O governo apenas um montou um show antes das Olimpíadas, tal é o desejo deles de impedir que os países europeus boicotem o evento”, disse ela. A integrante ainda lembrou a situação de outros presos menos famosos que permanecem encarcerados na Rússia.

Maria Alyokhina também mostrou o mesmo comportamento desafiador ao sair da prisão. Ela classificou a soltura como um “truque de relações públicas do governo” – e afirmou que teria rejeitado deixar a cadeia se tivesse a opção de fazê-lo. “Não acho que esse é um ato humanitário”, completou. Por fim, Alyokhina disse que ela e Tolokonnikova planejam se tornar ativistas de direitos humanos.

Tolokonnikova, Alyokhina e Samutsevich foram presas em março de 2012 por encenar uma espécie de oração punk contra o presidente Putin, em uma catedral de Moscou. Em agosto daquele ano, elas acabariam condenadas a dois anos de prisão por vandalismo.

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Durante o julgamento, as acusadas declararam que sua ação no principal templo ortodoxo da Rússia tinha fins políticos e não era dirigida aos religiosos. As prisões e a severidade da condenação pela Justiça provocaram críticas no Ocidente. Artistas condenaram publicamente as prisões e a Anistia Internacional inclui as integrantes na sua relação de prisioneiros de consciência.

A libertação só começou a ser delineada na semana passada, quando uma lei de anistia proposta por Putin foi aprovada pelo Parlamento por unanimidade e abriu caminho para que adversários políticos e até para que os ativistas do Greenpeace, detidos em um protesto no Ártico, deixassem a cadeia.

O primeiro beneficiado foi o ex-magnata russo Mikhail Khodorkovski. Homem mais rico da Rússia no início dos anos 2000 e um opositor do presidente Putin, Khodorkovski foi solto na sexta-feira, após passar dez anos na prisão por fraude fiscal.

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