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UE deve reduzir sanções ao Irã já em dezembro

O Congresso dos EUA se mantém cético e pode votar pela aplicação de novas sanções aos iranianos

Por Da Redação
25 nov 2013, 06h51

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse nesta segunda-feira que a União Europeia (UE) provavelmente reduzirá sanções impostas ao Irã já em dezembro, após Teerã ter assinado um acordo preliminar sobre seu programa nuclear com as potências econômicas no fim de semana. Os países-membros da UE deverão votar sobre o alívio das sanções durante uma reunião de cúpula de ministros de Finanças prevista para as próximas semanas, afirmou Fabius. A aprovação precisa ser unânime, explicou o ministro.

Segundo Fabius, a flexibilização das sanções será limitada, específica e reversível, de forma que voltem a valer caso o Irã não cumpra seus compromissos. Ele detalhou que restrições impostas a investimentos na indústria automobilística do Irã estarão entre as sanções a serem abrandadas no mês que vem. No ano passado, as montadoras francesas Peugeot Citroën e Renault fecharam operações no Irã após a UE ampliar sanções ao país.

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Ceticismo nos EUA – Os legisladores americanos dos dois partidos majoritários, Democrata e Republicano, afirmaram neste domingo que eles estão céticos sobre o cumprimento do acordo nuclear pelo Irã e disseram que o Congresso deve se preparar para reforçar as penalidades econômicas sobre os iranianos caso o acordo não seja cumprido. O senador democrata e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, Robert Menedez, afirmou que planejaria um novo pacote de sanções caso o Irã violasse o acordo provisório.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convenceu a liderança do Senado a adiar a medida enquanto os negociadores perseguiam um acordo. O líder democrata no Senado Harry Reid concordou com o pedido, mas disse que novas sanções seriam anunciadas em dezembro. O senador democrata Chuck Schumer disse que estava desapontado com o acordo, o qual classificou como “desproporcional”. “Este acordo torna mais provável que democratas e os republicanos anunciem sanções adicionais em dezembro”, afirmou Schumer. “Agora há uma necessidade ainda mais urgente de o Congresso aumentar as sanções até que o Irã abandone completamente o seu programa nuclear”, completou o senador republicano Marco Rubio.

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Na Câmara, a postura desconfiada parece ser a mesma. Para o deputado democrata Steny Hoyer, a ameaça de sanções mais rígidas poderia ajudar a manter os diplomatas iranianos na mesa de negociações para impedir que o país produzisse uma arma nuclear. “É conveniente que esperemos seis meses para dizer a eles que é necessário um acordo final. Se eles não aceitarem o acordo final, aplicaremos as sanções mais duras”, explicou Hoyer. O líder republicano da Câmara, John Boehner, também considerou que a suspensão das atividades nucleares pelo Irã por seis meses devem ser encaradas com ceticismo.

Acordo – Na madrugada deste domingo, o Irã fechou um acordo histórico com os Estados Unidos e outras seis potências mundiais, aceitando congelar temporariamente seu programa de enriquecimento de urânio. É o avanço mais significativo das negociações entre Washington e Teerã em mais de três décadas. O presidente iraniano, Hassan Rohani, endossou o acordo, que implica na suspensão das atividades nucleares por seis meses em troca de alívio limitado e gradual das sanções, incluindo o acesso aos 4,2 bilhões de dólares gerados pelas vendas de petróleo que estão retidos em instituições financeiras fora do Irã. O período de seis meses dará aos diplomatas tempo para negociar um pacto mais abrangente.

(Com agência EFE e Estadão Conteúdo)

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