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Traumas na vida de dois soldados: israelense e palestino

Avner Wishnitzer e Bassam Aramin lutaram em lados opostos; hoje, são amigos

Por Cecília Araújo, de Jerusalém
6 abr 2012, 13h57

Em uma das cenas mais marcantes do documentário Budrus (2009), da diretora brasileira radicada em Nova York Julia Bacha, um ativista israelense exclama para manifestantes de uma aldeia localizada entre os distritos palestinos de Ramallah e al-Bireh: “Nada assusta mais o Exército do que a oposição pacífica”. Localizada entre Cisjordânia e Israel, Budrus estava prestes a ser destruída para que, no local, fosse erguida parte do grande muro que divide os territórios palestinos e israelenses. O filme retrata um movimento de resistência iniciado não só por membros de grupos palestinos – tanto do Fatah, quanto do Hamas -, mas também por israelenses contrários à ocupação. Unidos, eles protestaram e conseguiram finalmente salvar o vilarejo. Em meio ao conflito entre os dois povos, esse é um caso raro, mas não único.

Entre os judeus, há os chamados shministim: jovens israelenses de 18 anos que se recusam a se tornar membros das Forças de Defesa Israelenses (IDF, sigla em inglês). Desde a década de 1970, os membros do movimento assinam uma carta a cada ano, manifestando seu repúdio s medidas políticas tomadas contra os palestinos. Em 2008, houve uma ampla campanha para que mais adolescentes assinassem um texto com os dizeres: “Nós não podemos ter moral e servir à ocupação”. Outro grupo, Combatants for Peace (Combatentes pela Paz, em tradução livre), foi formado no início de 2005 por ex-militares de ambos os lados que deixaram as armas para seguir na luta pacífica pelo fim da ocupação. Em um hotel de Jerusalém, a reportagem do site de VEJA conversou com dois de seus integrantes, que um dia lutaram em lados opostos, e hoje são grandes amigos: Avner Wishnitzer, que serviu o Exército de Israel em tempo integral por três anos e meio e outros sete anos como reservista, e Bassam Aramin, que entrou para um grupo paramilitar palestino aos 13 anos, ficou preso por sete, após tentar explodir uma bomba contra israelenses, e viu sua filha ser morta em frente à escola. Confira os depoimentos deles:

Confira o cronograma de reportagens especiais:

SÁBADO – Israel x Palestina: dos dois lados do muro

SEGUNDA – Sderot, a cidade blindada que vive à espera de um ataque

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TERÇA – Vidas que levam as marcas da Segunda Intifada

QUARTA – ‘Não queremos nosso povo morto’, afirma Defesa de Israel

QUINTA – Sobre judeus e árabes: boas cercas fazem bons vizinhos?

SEXTA – Traumas na vida de dois soldados: israelense e palestino

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