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Sudanesa condenada por casamento com cristão se refugia em embaixada dos EUA

Meriam Ibrahim Ishag, de 27 anos, voltou a ser solta pelas autoridades na quinta-feira; americanos afirmam que ela está em "um lugar seguro"

Por Da Redação
27 jun 2014, 15h29

A sudanesa condenada à morte por ter se casado com um cristão voltou a ser solta na quinta-feira e se refugiou na embaixada dos EUA, em Cartum, informou seu advogado. O Departamento de Estado americano confirmou que Meriam Ibrahim Ishag, de 27 anos, deixou a prisão após pagar a fiança, mas declinou confirmar se ela está mesmo na sede diplomática. Um comunicado distribuído pela diplomacia americana afirmou apenas que ela está em “um lugar seguro”.

O advogado El Shareef Ali Mohammed disse que Ibrahim saiu de uma delegacia onde estava detida desde terça-feira juntamente com seus dois filhos e marido, sob acusação de ter forjado documentos de viagem. Ele declarou que ela foi para a embaixada por temer agressões. “Em qualquer outro lugar ela pode ser alvo de ataques retaliatórios”, disse ele. Seu marido, Daniel Wani, que tem cidadania americana além de ser cidadão sul-sudanês, contou a mesma versão na rede CNN. Ele também afirmou que as autoridades acusaram sua mulher de forjar os documentos como pretexto para justificar sua detenção “sem um mandado”. A prisão ocorreu 24 horas depois de Ibrahim ser solta pela primeira vez.

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“Faz sentido tentarmos viajar até os Estado Unidos com passaportes falsos?”, quastionou o marido. Wani recebeu a cidadania americana quando fugiu para os Estados Unidos, ainda criança, para escapar da guerra civil, mas posteriormente voltou a seu país de origem. Ainda não está claro o que deve acontecer com Meriam se ela deixar a embaixada ou se ela poderá seguir para os EUA. “Vou deixar isso nas mãos de Deus”, disse seu marido.

Os EUA estão pressionando o Sudão para que o país permita que o casal viaje tranquilamente para fora do país. Em Washington, Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado, disse que o governo sudanês garante que o casal está em boas condições. “A Embaixada está e continuará altamente envolvida com a família e o governo sudanês”, afirmou.

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Meriam foi condenada à morte por enforcamento por apostasia (abandono de fé) e a 100 chibatadas por adultério por uma corte islâmica em maio, uma vez que seu casamento com o cristão Wani não é reconhecido pelas leis do país. Ela alegou que é cristã, por ter sido criada pela mãe cristã ortodoxa, mas o Sudão leva em consideração a religião do pai, que é muçulmano e abandonou a família quando ela tinha seis anos de idade. A sentença foi anulada por uma corte de apelação e ela foi libertada depois de dar à luz uma menina na prisão. Ela estava presa desde fevereiro, junto com outro filho de menos de dois anos de idade.

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(Com agências EFE, France-Presse e Estadão Conteúdo)

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