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Soldado ucraniano é morto em base atacada na Crimeia

Premiê Arseniy Yatseniuk diz que conflito passou da fase política para a militar

Por Da Redação
18 mar 2014, 13h44

(Atualizada às 15h35)

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, afirmou nesta terça-feira que o conflito na região da Crimeia passou da fase política para a fase militar. A declaração, reproduzida pela agência de notícias Interfax, foi feita depois de Vladimir Putin ter assinado um acordo para anexar a Crimeia à Rússia. Também nesta terça, um soldado ucraniano foi morto ao ser atingido no pescoço quando estava em uma base que foi atacada em Simferopol, capital da Crimeia. A informação foi passada à agência de notícias Reuters pelo porta-voz do Exército, Vladislav Seleznyov. Segundo ele, um capitão também foi ferido no ataque. O porta-voz disse que não ficou claro quem comandou o ataque, mas descreveu os autores como “forças não identificadas, com os rostos cobertos e fortemente armadas”.

O governo interino da Ucrânia confirmou a morte do soldado, identificado pelo sobrenome Kakurin e disse que outros dois militares foram feridos: um capitão de sobrenome Fedun, atingido no pescoço e no braço, e outro soldado, que sofreu ferimentos na cabeça e na perna, ao ser espancado com barras de ferro. O comunicado na página do governo na internet informa ainda que o comandante da base, coronel Andriy Andryushin, foi capturado por pessoas que vestiam uniformes do Exército russo e carregavam rifles automáticos.

O premiê Yatseniuk disse que solicitou ao Ministério da Defesa que organize uma reunião de emergência com representantes das forças militares russas, britânicas, americanas e francesas – países signatários do tratado de 1994 que definiu as fronteiras da Ucrânia – para “evitar uma escalada do conflito”. “Hoje, soldados russos começaram a atirar em militares ucranianos. Isso é um crime de guerra”, afirmou.

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A agência Interfax também publicou detalhes sobre o ataque, citando um porta-voz. “Agora nos abrigamos no segundo andar do quartel-general, que foi tomado. Eles querem que entreguemos nossas armas, mas não pretendemos nos entregar”. (Continue lendo o texto)

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O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, comparou Putin a Adolf Hitler, ao dizer que a Alemanha nazista iniciou a II Guerra Mundial ao anexar partes de outros países. “O presidente russo, que continua a falar sobre fascismo, está imitando os fascistas do século passado ao anexar parte de um estado independente, reconhecido pelo mundo todo”, disse, segundo declarações divulgadas por uma emissora de TV de Kiev e reproduzidas pela rede BBC.

“Queremos alertar o presidente Putin, que é pessoalmente responsável por este ato de provocação, que a liderança política da Rússia a partir de agora terá de responder ao mundo todo pelos crimes que está cometendo no território do nosso país”, completou Turchinov.

Sanções – Em um contato telefônico, o presidente Barack Obama e a chanceler alemã Angela Merkel concordaram que a declaração de independência da Crimeia foi um “golpe inaceitável à integridade territorial da Ucrânia”. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os EUA vão aumentar a lista dos atingidos por congelamento de ativos financeiros e restrições a viagens divulgadas na segunda-feira como um novo pacote de sanções contra russos e ucranianos. “Mais está por vir. O trabalho está sendo feito para que haja novas indicações”, disse a jornalistas.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também criticou a movimentação de Moscou para anexar a Crimeia como uma “flagrante violação das leis internacionais”. “É completamente inaceitável que a Rússia use a força para mudar fronteiras com base em um falso referendo realizado sob a pressão das armas”. Afirmou ainda que “Putin não deve ter dúvidas de que a Rússia vai enfrentar sérias consequências” e que vai defender que as lideranças europeias tomem novas medidas contra o Kremlin.

Mapa da Crimeia
Mapa da Crimeia (VEJA)

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