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Soldado americano trocado por talibãs parecia ‘drogado e doente’

Senadores assistiram ao vídeo que levou Obama a tomar a atitude de prosseguir com a troca de prisioneiros. Críticos do governo dizem que ação da Casa Branca abre precedente perigoso

Por Da Redação
5 jun 2014, 09h03

Bowe Bergdahl, o militar americano trocado por cinco talibãs detidos em Guantánamo, parecia doente e drogado no vídeo enviado ao Pentágono como prova de vida do militar para o início das negociações, informaram nesta quarta-feira dois senadores. “Não tinha um bom aspecto físico. Entendo o poder emocional que este vídeo teve no presidente Barack Obama”, disse à imprensa o senador republicano Mark Kirk, após ver as imagens em uma reunião no Pentágono.

Durante o encontro confidencial, funcionários da inteligência e militares de alto escalão que participaram do processo de libertação do sargento mostraram aos senadores um vídeo de dezembro de 2013, no qual é possível constatar a deterioração da saúde do jovem em relação a imagens de períodos anteriores, relatam o jornal Washington Post e a emissora CNN.

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Segundo o senador, no vídeo, Bergdahl murmurava fatos como a morte de Nelson Mandela, em dezembro passado, para provar que o vídeo tinha menos de seis meses. O senador democrata Dick Urbin acrescentou que o vídeo “deixa claro que este homem não estava em boas condições”, algo que pode ter levado a Casa Branca a agir imediatamente para resgatar Bergdahl, que foi capturado pelos talibãs no Afeganistão em 2009. “Parecia drogado, cansado ou doente. É difícil de descrever, mas não parecia uma pessoa normal”, disse Kirk. Ao término da reunião, vários legisladores garantiram que as informações do governo os deixaram com “mais perguntas do que respostas”, admitiu o senador democrata Joe Manchin.

Muitos senadores criticaram o envio de cinco talibãs de Guantánamo ao Catar, onde permanecerão durante um ano. “Estou cético sobre a vantagem disto para os Estados Unidos”, disse o senador republicano Marco Rubio, um contumaz crítico do governo Obama. “Estabelecemos um precedente que incentivará os inimigos dos Estados Unidos a tentar capturar compatriotas com uniforme”, advertiu.

Antes do encontro dos senadores, o presidente americano, Barack Obama, afirmou na Polônia que seu governo tomou a decisão correta. “Independentemente das circunstâncias, quaisquer que possam ser, temos um soldado americano de volta”, disse o presidente, que faz um giro pela Europa nesta semana. O governo americano tentou negociar, durante anos, a libertação de Bergdahl, por quem os talibãs pediram inicialmente 1 milhão de dólares de resgate e a libertação de 21 presos.

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Único militar americano detido no Afeganistão desde que os EUA iniciaram a guerra no país, em 2001, Bergdahl foi libertado no sábado em troca de cinco importantes dirigentes do regime talibã presos em Guantánamo. A euforia inicial pela libertação em Washington foi substituída por um conflito político, com os republicanos acusando Obama de ser um líder ingênuo e irresponsável. Além disso, o acordo foi criticado pelos rumores de que Bergdahl desertou de seu posto no Afeganistão há cinco anos atrás. O governo explicou que agiu sem consultar o Congresso devido aos “relatórios críveis de risco de danos graves” para o sargento capturado.

O sargento Bergdahl está no hospital militar de Landstuhl, no sudoeste da Alemanha, e posteriormente será transferido para outro centro médico no Texas, nos EUA, onde continuará com os cuidados físicos e psicológicos.

(Com agência EFE)

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