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Síria aceita receber observadores árabes em seu território

Por Da Redação
19 dez 2011, 11h37

A Síria assinou nesta segunda-feira o protocolo proposto pela Liga Árabe e aceitou receber equipes de observadores em seu território, uma medida que poderá revisar as sanções econômicas impostas ao regime de Damasco pela organização. Em uma cerimônia na própria sede da Liga Árabe, o documento foi assinado pelo vice-ministro das Relações Exteriores sírio, Faisal Al Maqdad, e pelo subsecretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
  3. • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.

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Após a assinatura, o secretário-geral do grupo, Nabil Al Arabi, disse que “o documento é o marco jurídico da delegação de observadores da Liga Árabe que serão enviados à Síria para garantir a aplicação do Mapa de Caminho” deste organismo. “Os observadores também terão a missão de contribuir com a proteção dos civis sírios”, acrescentou Al Arabi.

O secretário-geral adiantou que sua organização deverá mandar nos próximos três dias o primeiro grupo de observadores, que será liderado pelo assistente do secretário-geral da Liga Árabe, Samir Saif Al Yazar, e incluirá especialistas em segurança e administração, além de juristas. Após o envio desta primeira delegação, outro grupo deverá ser formado para cumprir a mesma missão, porém, este contará com especialistas em direitos humanos e jornalistas. Al Arabi ainda destacou que a missão de observadores será integrada por especialistas de todos os países árabes.

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Contrapartida – Em paralelo à cerimônia no Cairo, o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al Moallem, assegurou em Damasco que as autoridades sírias não teriam aceitado assinar o protocolo se não tivessem levado algumas “reservas” do regime sírio. Em entrevista coletiva, Al Moallem afirmou que houve emendas ao documento, apesar da Liga Árabe ter se negado a aceitar as condições impostas por Damasco anteriormente. “O acordo é o começo de uma cooperação entre Síria e a Liga Árabe, e os observadores que representam o mundo árabe serão bem-vindos”, ressaltou.

No entanto, o Ministro das Relações Exteriores advertiu que a vigência do protocolo é de apenas de um mês, “mas que poderá ser renovada se ambas as partes o aceitarem”. Al Moallem disse que seu governo não foi responsável por nenhuma estagnação nas negociações entre a Liga Árabe e Síria, e destacou que alguns países árabes, sem especificar quais, queriam levar o assunto ao Conselho de Segurança da ONU para aumentar a pressão sobre o regime sírio.

No último fim de semana, em Doha, o grupo de contato sobre a Síria da LIga Árabe chegou a esboçar um pedido ao Conselho de Segurança da ONU para adotar um plano de ações na Síria, o qual seria discutido em uma reunião com os ministros das Relações Exteriores árabes na próxima quarta-feira, no Cairo. Mas, com a assinatura do protocolo, Al Arabi anunciou que esta reunião tinha sido cancelada, isso para provar as boas intenções da Liga Árabe em direção à Síria.

(Com agência EFE)

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