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Seul revela plano para anular ataque da Coreia do Norte

Sistema permitirá à Coreia do Sul detectar, apontar e destruir alvos ou mísseis norte-coreanos em caso de sinais de um ataque iminente do regime comunista

Por Da Redação
1 abr 2013, 01h35

A Coreia do Sul revelou nesta segunda-feira detalhes sobre seu futuro plano de emergência para neutralizar um possível ataque da vizinha Coreia do Norte por meio de um novo sistema antimísseis e novos satélites espiões. Segundo o governo de Seul, o sistema permitirá ao Exército do país lançar uma ação preventiva de defesa se a Coreia do Norte mostrar sinais de um ataque iminente, seja nuclear ou com mísseis convencionais.

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O novo plano de contingência, entregue à presidente Park Geun-hye pelo ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, integra um relatório anual sobre a situação do conflito com a Coreia do Norte, marcado pela crescente tensão após as contínuas ameaças do regime do ditador Kim Jong-un a Seul e Washington. O ministro resumiu que o Exército sul-coreano está traçando uma “dissuasão ativa” e “criará um sistema de ataque para neutralizar rapidamente as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, enquanto melhora significativamente sua capacidade de vigilância e reconhecimento”.

Prevendo um cenário de instabilidade a curto prazo devido ao discurso belicista da Coreia do Norte, a Defesa sul-coreana acelerará para antes da data prevista de 2015 o desdobramento de um sistema conhecido como “Cadeia de Destruição”, capaz de detectar, apontar e destruir armamentos nucleares ou mísseis lançados por Pyongyang.

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O Ministério sul-coreano também acelerará a criação e implementação de um sistema próprio de defesa antimísseis, antecipará o desdobramento de aviões espiões americanos Global Hawk e para 2021 planeja colocar em órbita pelo menos dois satélites militares de espionagem.

O novo plano de contingência perante a ameaça norte-coreana será formalizado em outubro deste ano, quando os chefes de Defesa da Coreia do Sul e EUA fazem sua reunião anual em matéria de segurança. A apresentação do relatório responde à prolongada campanha de ameaças a Seul e Washington que a Coreia do Norte iniciou no começo de março, quando a ONU ampliou suas sanções ao país comunista por causa de seu recente teste nuclear de fevereiro.

Resposta com força – Durante a reunião com o ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, ordenou ao Exército de seu país “responder com força”, sem levar em conta “considerações políticas”, no caso de um ataque da Coreia do Norte.

“A razão de ser das Forças Armadas é proteger o país e o povo das ameaças”, argumentou a presidente, que apenas um mês depois de assumir o cargo está enfrentando uma das maiores crises dos últimos anos nas relações entre Sul e Norte.

Primeira mulher a ocupar a Presidência da Coreia do Sul, Park Geun-hye já advertiu em algumas ocasiões anteriores que responderá com dureza a eventuais ataques da Coreia do Norte, embora mantenha a postura de melhorar as relações com o país vizinho e inclusive prestar-lhe ajuda humanitária.

Exercícios militares – A fim de mais uma vez sinalizar ao regime comunista que está preparada para um conflito armado e demonstrar sua capacidade bélica, a Coreia do Sul anunciou neste domingo que realizará mais exercícios militares com a Marinha dos Estados Unidos em seu território ao longo de abril – os dois aliados já fazem exercícios do gênero este mês. O anúncio de Seul foi feito no mesmo dia em que o ditador Kim Jong-un defendeu a ampliação “quantitativa e qualitativa” de seu arsenal nuclear para fazer frente às “ameaças dos Estados Unidos” e dois dias depois da Coreia do Norte declarar “estado de guerra” com a vizinha do sul.

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O Exército da Coreia do Sul explicou que os exercícios militares consistirão em manobras e operações conjuntas para testar suas unidades. Além disso, os fuzileiros navais americanos estacionados no país asiático serão convidados a participar de “discussões técnicas para a preparação de possíveis provocações da Coreia do Norte”.

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Ao longo de abril, os militares baseados nas ilhas fronteiriças do Mar Amarelo também farão exercícios aéreos e navais. Neste momento, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam as manobras conjuntas anuais Key Resolve, que envolvem cerca de 10.000 soldados sul-coreanos e 3.500 americanos, além de um porta-aviões e caças de combate. Os Estados Unidos também anunciaram neste domingo o envio à Coreia do Sul de caças “invisíveis” F-22, que não são detectados por radares.

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