Sarkozy descarta acordo da direita com a extrema-direita
Presidente descartou presença de ministros da Frente Nacional em governo
O presidente francês e candidato a um segundo mandato, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta quarta-feira que não fará acordo com a extrema-direita para as eleições legislativas previstas para junho. O presidente também descartou a presença de ministros da Frente Nacional (FN) em seu governo se for reeleito.
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“Não haverá acordo com a FN, nem ministros, mas eu devo levar em consideração o voto dos eleitores que optaram pela candidata da FN, Marine Le Pen”, disse Sarkozy à rádio France Info. “Os quase 18% de eleitores que votaram em Le Pen não lhe pertencem e é meu dever falar para eles”, afirmou, recusando-se a “criticar os eleitores que votaram na candidata da Frente Nacional”.
Hollande – O candidato socialista, François Hollande, apontou “muitas ambiguidades” no partido do presidente, a União por um Movimento Popular (UMP), sobre a posição que teria no caso de eventuais duelos entre a FN e o Partido Socialista nas legislativas, previstas para 10 e 17 de junho.
Hollande lembrou de 2002, quando a esquerda pediu votos no segundo turno presidencial para o candidato de direita Jacques Chirac, com o objetivo de impedir o avanço do candidato da FN, Jean-Marie Le Pen. Ele era o primeiro secretário do Partido Socialista na ocasião. “Pedi votos para Chirac. Não disse ‘contra’ a extrema-direita, disse ‘para’ Chirac”, destacou.
No primeiro turno, Hollande obteve 28,63% dos votos, Sarkozy 27,18% e Marine Le Pen 17,9%. O segundo turno será disputado em 6 de maio.
(Com agência France-Presse)