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Representante da ONU é ameaçado por milícia na Crimeia

Robert Serry encerrou sua missão na república autônoma ao seguir para o aeroporto cercado por multidão gritando “Rússia! Rússia!”, contou jornalista

Por Da Redação
5 mar 2014, 15h33

(Atualizado às 17h30)

O enviado das Nações Unidas à Ucrânia, Robert Serry, foi ameaçado nesta quarta-feira por uma milícia armada na Crimeia, depois de deixar uma instalação militar. A informação foi confirmada pelo vice-secretário-geral da ONU Jan Eliasson. Os homens armados queriam que Serry entrasse em um carro, mas ele recusou. Em seguida, seu carro foi bloqueado e ele seguiu a pé em direção ao hotel onde está hospedado.

Um jornalista da ITV, afiliada da CNN na Grã-Bretanha, informou que depois da ameaça inicial, a milícia voltou a prender o representante da ONU em um café. Segundo James Mates, que entrou no café com Serry, os homens bloquearam as portas do estabelecimento, impedindo a saída do membro das Nações Unidas, que acabou concordando em seguir direto para o aeroporto e encerrar suar missão na Crimeia. O jornalista contou ainda que ao entrar no carro, Serry foi cercado por uma multidão que gritava “Rússia! Rússia!” A ONU confirmou que seu representante deixou a Crimeia e “voltará a Kiev para seguir com sua missão”. O representante foi enviado à península para fazer “um balanço da situação” no local, conforme Eliasson disse a jornalistas em Kiev.

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A região da Crimeia tornou-se o principal foco de tensões na Ucrânia depois da destituição do presidente Viktor Yanukovich, há pouco mais de uma semana, e um governo interino pró-Europa assumiu o país. Nesta quarta, o premiê interino Arseniy Yatseniuk elogiou os militares ucranianos na Crimeia e prometeu apoio financeiro às tropas. “O fato de as Forças Armadas ucranianas não terem se rendido aos agressores é prova do alto espírito patriótico e da dignidade nacional que existe hoje na Ucrânia”, disse, em pronunciamento transmitido pela TV.

Congelamento – A União Europeia, que anunciou um pacote de 11 bilhões de euros em ajuda financeira à Ucrânia nos próximos dois anos, também afirmou ter congelado por um ano os ativos de dezoito funcionários ucranianos que estariam envolvidos no desvio de dinheiro público durante o governo de Yanukovich. As sanções também contêm disposições destinadas a facilitar a recuperação do dinheiro, informou o Conselho da UE. O próprio ex-presidente está entre os sancionados. O bloco também pretende congelar os bens de responsáveis por violações de direitos humanos durante os confrontos registrados no país, que deixou mais de uma centena de mortos.

Em uma tentativa de pressionar Moscou a recuar em seus planos na Ucrânia, a Otan anunciou que fará uma revisão em sua cooperação com a Rússia, suspendendo o planejamento de uma operação conjunta prevista para escoltar armamentos químicos da Síria. O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, disse que não serão mais realizadas reuniões com equipes russas, ao mesmo tempo em que o relacionamento com autoridades civis e militares ucranianas será reforçado. O Pentágono, por sua vez, anunciou que o Exército americano está aumentando sua cooperação com missões de policiamento da Otan, através do envio de seis caças F-15 para a região do mar Báltico, onde já há quatro aeronaves deste tipo.

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(Com agência Reuters)

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