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Relatório afirma que ataque terrorista em Bengasi poderia ter sido evitado

Texto elaborado por comissão do Senado americano culpa as agências de inteligência por referências imprecisas de ameaças à representação antes do atentado

Por Da Redação
15 jan 2014, 16h35

Um relatório da Comissão de Inteligência do Senado americano conclui que o ataque terrorista ao consulado dos Estados Unidos em Bengasi, na Líbia, ocorrido em setembro de 2012, poderia ter sido evitado. O ataque deixou quatro mortos, incluindo o embaixador Christopher Stevens. O documento divulgado nesta quarta-feira culpa o Departamento de Estado por falhas na segurança da representação diplomática e critica a administração Obama por não ter capturado os responsáveis pelo atentado.

O documento também faz referência à manipulação promovida pela administração Obama das informações de inteligência disponíveis antes do ataque. A equipe do presidente sugeriu que não havia indícios mostrando que grupos terroristas ameaçavam o consulado – e que, portanto, não houvera negligência com as medidas de segurança. Essa omissão de informações ocorreu em um momento crucial, às vésperas das eleições presidenciais, e foi alvo de severas críticas dos republicanos depois que a rede ABC News revelou a inconsistência entre o que a equipe do presidente dizia publicamente e o que sabia, de fato. Os senadores que elaboraram a análise, no entanto, tiraram a equipe de Obama da mira, colocando a culpa sobre as agências de inteligência.

Saiba mais:

EUA retiraram referência a ameaças terroristas de documento sobre Bengasi

“Analistas de inteligência fizeram referências inexatas a protestos na missão americana antes do ataque (…), sem dados de inteligência ou declarações de testemunhas suficientes para corroborar a informação. A comunidade de inteligência demorou demais para corrigir essas informações incorretas, o que causou confusão e influenciou as declarações públicas de políticos”.

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A presidente da comissão, a democrata Dianne Feinstein, ressaltou que o texto foi resultado de um trabalho bipartidário. “A comissão trabalhou em uma base bipartidária para investigar as várias declarações que surgiram desde os ataques terroristas em Bengasi, em setembro de 2012, e chegar à verdade sobre o que aconteceu antes, durante e depois dos ataques”, afirmou a presidente do comitê, a democrata Dianne Feinstein, em comunicado. “Espero que este relatório ponha fim a muitas teorias conspiratórias e acusações políticas sobre o que aconteceu em Bengasi”, acrescentou a congressista.

Terroristas – O documento elaborado pela comissão também critica o governo por não ter conseguido capturar os responsáveis pelo atentado. “Apesar da promessa do presidente, nenhum suspeito está preso. Ahmed Abu Khattala, que, segundo reportagens, foi acusado pelos Estados Unidos de liderar os ataques, continua a viver livremente na Líbia. Ainda assim, inexplicavelmente, a diplomacia americana não consegue garantir sua captura para que ele seja interrogando antes que qualquer procedimento criminal seja iniciado”, afirma o relatório.

Em relação à inação do Departamento de Estado ao não oferecer condições adequadas de segurança ao consulado, o texto segue a linha de investigações anteriores sobre o ocorrido, ao afirmar que a piora da situação na Líbia não foi suficiente para que medidas fossem tomadas. “Antes dos ataques, altos funcionários do governo estavam cientes da piora na situação e da tênue segurança física na instalação temporária da missão em Bengasi, mas pouco fizeram, se fizeram algo, em relação a isso. A equipe americana no local enviou frequentes alertas nos meses anteriores a setembro de 2012. A combinação desses alertas com os múltiplos ataques na região de Bengasi deveria ter levado a uma ação rápida do Departamento de Estado em Washington”.

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