Rebeldes sírios libertam observadores da ONU
Os 21 soldados filipinos ficaram detidos na aldeia de Yumla, próxima a uma linha de cessar-fogo na região ocupada por Israel
Os 21 observadores filipinos das Organizações das Nações Unidas (ONU) sequestrados por rebeldes sírios foram libertados perto da fronteira com a Jordânia, neste sábado. Os homens foram detidos por um grupo de cerca de 30 pessoas armadas perto das Colinas do Golã, na aldeia síria de Al Yumla, na última quarta-feira. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), os filipinos foram entregues pelos rebeldes à ONU e às autoridades jordanianas.
A operação ocorreu na fronteira do vale de Al Yarmouk. Segundo um porta-voz da Brigada dos Mártires de Yarmouk, à qual os rebeldes dizem pertencer, os observadores “permaneciam como hóspedes” no local. Os observadores fazem parte da missão da ONU nas Colinas do Golã (UNDOF), que monitora o cessar-fogo entre Síria e o território anexado por Israel em 1967, na Guerra dos Seis Dias.
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No dia do sequestro, as exigências feitas pelos rebeldes eram de que as forças do ditador Bashar Assad deixassem os arredores do vilarejo de Jamlah em 24 horas. Caso contrário, os observadores seriam tratados como prisioneiros. A UNDOF retirou seus militares de duas zonas expostas ao fogo cruzado e suspendeu as patrulhas noturnas. Na ocasião, o Conselho de Segurança da ONU condenou a ação do grupo e exigiu a libertação imediata.
Na quinta-feira, foi divulgado um vídeo em que os observadores apareciam vestido com uniforme militar em uma casa e um deles, identificado como capitão do batalhão, assegurava que todos estavam a salvo. Esta foi a primeira vez que integrantes da missão de paz da ONU são capturados em meio ao conflito sírio, apesar de a região ser palco de conflitos armados.
(Com Agência EFE)