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Radicais ucranianos exigem renúncia de ministro do Interior

Partido de extrema-direita culpa o ministro Arsen Avakov pela morte do ultranacionalista Alexander Muzichko, há três dias

Por Da Redação
28 mar 2014, 07h53

Os radicais ultranacionalistas do partido Pravy Sektor (setor de direita, em tradução literal) se concentram nesta sexta-feira em frente à Rada Suprema, o Parlamento da Ucrânia, para exigir a renúncia do ministro do Interior, Arsen Avakov, a quem responsabilizam pela morte de um de seus líderes. A Rada prometeu criar ainda nesta sexta uma comissão parlamentar para investigar a morte de Alexander Muzichko, há três dias, em um confronto com a polícia, depois que ativistas do Pravy Sektor ameaçaram invadir a sede do Legislativo.

“É certo, deve-se fazer justiça. Amanhã será criada uma comissão de investigação temporária no Parlamento, da qual farão parte representantes do Pravy Sektor, para esclarecer a morte de Muzichko”, disse o deputado independente Yuri Derevianko. Cerca de 1.500 ativistas do partido ultranacionalista, o braço armado dos protestos contra o presidente deposto Viktor Yanukovich, atacaram na noite desta quinta e o edifício da Rada com os deputados ainda em seu interior e exigiram a renúncia de Avakov.

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Várias janelas foram quebradas e os ultranacionalistas tentaram acessar o interior do edifício, enquanto os deputados debatiam as reformas econômicas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a concessão de um empréstimo à Ucrânia. O líder do Pravy Sektor, Dmitri Yarosh, acusou o ministro Avakov de ter começado uma perseguição contra o grupo que se tornou um partido político no fim de semana passado.

“Não podemos observar em silêncio a ação contrarrevolucionária do ministro do Interior da Ucrânia. Exigimos a destituição imediata de Arsen Avakov, a prisão do chefe do corpo especial da polícia e dos responsáveis pelo assassinato” de Muzichko, disse Yarosh aos jornalistas. O ministro do Interior respondeu Yarosh afirmando que sua “postura será dura em relação aos criminosos que violam a ordem com armas nas mãos”. Avakov voltou a investir contra os radicais e os qualificou de “marginais e traidores” por “buscarem desculpas para lutar com armas no centro da capital e não com uniformes militares ucranianos contra os separatistas”.

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Muzichko, um dos líderes mais violentos do movimento ultranacionalista, morreu na madrugada da última terça-feira após receber dois disparos no peito quando era detido pela polícia em sua cidade natal, Rivne. Segundo o Ministério do Interior, o ultranacionalista disparou contra o próprio peito quando resistia à prisão, depois que um agente se lançou sobre ele após atingi-lo com dois tiros nas pernas. Momentos antes, o líder nacionalista disparou duas vezes contra um policial.

O líder da extrema-direita ficou famoso na Ucrânia e na Rússia depois que apareceu em vários vídeos na internet. Em um deles, o ativista aparecia com um fuzil Kalashnikov e intimidava os deputados da assembleia regional de Rivne. Em outro, era mostrado agredindo, ameaçando e humilhando o promotor dessa região. O Pravy Sektor foi a principal força de choque dos manifestantes nos trágicos enfrentamentos registrados em fevereiro em Kiev. A formação é uma organização que reúne vários grupos de extrema-direita, entre eles membros de torcidas organizadas de futebol.

Assembleia Geral da ONU – O governo russo chamou de “iniciativa contraproducente” a resolução aprovada na quinta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que denuncia o referendo na Crimeia e a anexação desta península ucraniana à Rússia. A resolução não vinculante, proposta pela Ucrânia e apoiada pelos países ocidentais, recebeu 100 votos a favor, 11 contrários e 58 abstenções. O Brasil foi um dos países que se absteve em condenar a Rússia. Redigido em termos moderados, o texto não critica explicitamente Moscou. “O grande número de abstenções e de ausentes é um testemunho eloquente da rejeição a uma interpretação parcial dos acontecimentos na Ucrânia”, considera o ministério russo.

(Com agência EFE)

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