Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Protesto contra governo tailandês tenta ‘bloquear’ Bangcoc

Manifestantes da oposição pedem renúncia da premiê Yingluck Shinawatra

Por Da Redação
13 jan 2014, 01h16

Milhares de seguidores do movimento que pede a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra se mobilizam nesta segunda-feira para “bloquear” Bangcoc, em uma nova onda de protestos contra o governo interino e pela suspensão das eleições parlamentares marcadas para 2 de fevereiro, que o Partido Democrata, o principal da oposição, promete boicotar.

Os manifestantes começaram a se concentrar em sete locais da cidade onde foram levantadas barricadas com sacos de areia, cercas e blocos de cimento com objetivo de interromper todo o tráfico e deixar paralisada a capital tailandesa, que tem 10 milhões de habitantes.

Para impedi-los, o governo deslocou um efetivo de 18 000 policiais, cuja missão é prevenir incidentes em pontos que incluem a sede do governo, o aeroporto de Suvarnabhumi e as sedes de seis canais de televisão e das agências metropolitanas de abastecimento de água e eletricidade.

A ideia dos organizadores dos protestos é acampar indefinidamente nestes pontos e realizar várias manifestações rumo a prédios governamentais até conseguir a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

Continua após a publicidade

O líder dos protestos, o ex-vice-premiê Suthep Taughsuban – no cargo entre 2008 e 2011 – descartou no domingo à noite qualquer negociação com o governo e expressou sua confiança na vitória do que chama “revolução popular”.

A Tailândia vive desde o início de novembro uma série de violentos protestos nas ruas que pedem o fim do governo da premiê Yingluck Shinawatra. A chefe de governo se recusa a renunciar, mas em reposta dissolveu o parlamento e convocou eleições numa tentativa de aplacar a crise.

Mas os manifestantes não aceitaram a convocação e tentam impedir a realização do pleito. A exigência dos opositores, formados em sua maioria pela elite financeira e militar de Bangcoc, é que antes de qualquer eleição seja implementada uma série de reformas políticas por meio de um conselho popular não eleito.

Continua após a publicidade

Histórico – A Tailândia vive uma crise política desde o golpe militar que derrubou em 2006 o governo de Thaksin Shinawatra, irmão da atual premiê. Ele, que vive exilado na Grã-Bretanha, e a irmã contam com grande apoio entre as classes baixas e nas áreas rurais do nordeste do país.

A atual onda de protestos estourou como reação a um projeto de lei apoiado pelo governo que pretendia conceder uma anistia ao irmão da premiê, que responde a várias acusações. Com isso, ele não precisaria cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção. Os tribunais também congelaram milhões de dólares seus em bancos tailandeses, mas a Justiça tailandesa acredita que ele ainda tenha uma grande quantidade de dinheiro no exterior. Thaksin foi condenado à revelia em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Vive no exílio desde então.

Desde o estabelecimento da monarquia constitucional na Tailândia, em 1932, o país já passou por dezoito golpes de estado ou tentativas de derrubar o governo. A onda atual de protestos já deixou ao menos oito mortos.

Continua após a publicidade

(Com agências EFE e France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.