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Policial morre em meio a protestos na Tailândia

Comissão eleitoral recomenda adiamento de eleições parlamentares por causa do aumento da violência

Por Da Redação
26 dez 2013, 08h20

Um policial morreu nesta quinta-feira em Bangcoc e pelo menos 48 pessoas ficaram feridas durante confrontos entre as forças de segurança e manifestantes que tentam impedir a realização das eleições parlamentares convocadas para 2 de fevereiro.

O policial morto foi baleado quando estava protegendo o estádio da capital, onde a Comissão Eleitoral do país realiza o sorteio da posição dos partidos políticos nas cédulas que serão usadas no pleito. Outros dois policiais também foram baleados e levados para hospitais. A polícia garante não ter efetuado os disparos. “Os manifestantes não são pacíficos e desarmados como fingem ser”, declarou à televisão o vice-primeiro-ministro Surapong Tovichakchaikul.

Do lado dos manifestantes, houve mais de 60 feridos. Um jornalista japonês foi atingido por uma bala de borracha na orelha esquerda.

Embora o sorteio tenha prosseguido, a Comissão Eleitoral concluiu que nas atuais condições é “impossível” garantir eleições livres e pacíficas, segundo informou a agência estatal MCOT. O governo da Tailândia já rejeitou a proposta e garantiu que a votação será realizada como planejado.

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O país vive desde o início de novembro uma série de violentos protestos nas ruas que pedem a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra. A chefe de governo se recusa a renunciar, mas em reposta dissolveu o parlamento e convocou eleições numa tentativa de aplacar a crise.

Só que os manifestantes, que são liderados por Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro do opositor Partido Democrata entre 2008 e 2011, não aceitaram a convocação e tentam impedir a realização do pleito. A exigência dos opositores, que são formados em sua maioria pela elite financeira e militar de Bangcoc, é que antes de qualquer eleição seja implementada uma série de reformas políticas por meio de um conselho popular não eleito.

Yingluck já concordou com a proposta e propôs na quarta-feira a criação de uma comissão para realizar amplas reformas no país, mas os organizadores dos protestos rechaçaram sua iniciativa afirmando que com Yingluck na chefia do governo a comissão vai sofrer influência do seu grupo político.

Histórico – A Tailândia vive uma crise política desde o golpe militar que derrubou ao governo de Thaksin em 2006. Ele e a irmã contam com grande apoio entre as classes baixas e nas áreas rurais do nordeste do país.

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A atual onda de protestos estourou como reação a um projeto de lei apoiado pelo governo que pretendia conceder uma anistia ao irmão da premiê. Com isso, ele não precisaria cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção. Os tribunais também congelaram milhões de dólares seus em bancos tailandeses, mas a Justiça tailandesa acredita que ele ainda tenha uma grande quantidade de dinheiro no exterior. Thaksin foi condenado à revelia em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Vive no exílio desde então.

Desde o estabelecimento da monarquia constitucional na Tailândia, em 1932, o país já vivenciou dezoito golpes de estado ou tentativas de derrubar o governo. A onda atual de protestos já deixou cinco mortos e mais de 200 feridos.

(Com agências EFE e France-Presse)

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