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Polícia ucraniana avança sobre protesto e revolta oposição

Durante a madrugada, tropas de choque desocuparam à força a Praça Independência, principal ponto de concentração dos manifestantes pró-UE

Por Da Redação
11 dez 2013, 04h41

As tropas de choque da polícia ucraniana avançaram na madrugada desta quarta-feira sobre os manifestantes favoráveis ao acordo com a União Europeia (UE) que ocupavam a Praça Independência, no coração da capital Kiev. O local funciona há mais de duas semanas como foco central dos protestos populares contra a negativa do governo ucraniano em assinar um acordo de associação à UE no final de novembro. Apesar do frio de 13º negativos, cerca de quinze mil pessoas acampavam na praça.

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A partir dos extremos da praça, milhares de policiais vestidos de preto marcharam em direção ao centro, acuando manifestantes e removendo barricadas e tendas instaladas no local. Os ativistas resistiam ao avanço molhando o chão de pedras, já coberto por uma fina camada de gelo, em uma tentativa de fazer os policiais escorregarem. Em protesto, os manifestantes cantavam o hino nacional da Ucrânia. Após alguns enfrentamentos, os batalhões das tropas de choque conseguiram ocupar a maior parte da Praça Independência, embora ainda existam focos de resistência no local.

A truculenta ação da polícia ucraniana acontece no dia em que o presidente Viktor Yanukovych, alvo dos protestos, se reuniu com a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton. No encontro, Yanukovych disse que espera receber melhores condições da UE para assinar com o bloco. A enviada europeia também visitou as barricadas na Praça Independência, onde foi ovacionada pelos manifestantes. Após o confronto desta madrugada, Ashton manifestou tristeza com a decisão do governo de usar a força policial para lidar com “manifestantes pacíficos”.

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Oposição – A tomada da Praça Independência também revoltou a oposição ucraniana, que prometeu mais protestos em resposta. “Amanhã reuniremos milhões de pessoas e o regime recuará”, desafiou Arseni Iatseniouk, do partido da opositora detida Ioulia Timochenko. Outro expoente da oposição, o ex-boxeador Vitali Klitschko, interpretou a ação policial como a opção do governo por um caminho sem volta. “As autoridades perderam a última oportunidade para dialogar de forma civilizada”, alertou.

Em uma declaração dura, o secretário de Estado americano John Kerry afirmou que os Estados Unidos ficaram “repugnados” com a decisão das autoridades ucranianas de ocuparem a praça. “Está não é uma reposta aceitável, nem está de acordo com uma democracia”, criticou ele.

(Com agências EFE e France-Presse)

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