Polícia francesa prende mais dez suspeitos de terrorismo
Após massacre em escola judaica, governo tenta reprimir grupos extremistas
A polícia francesa prendeu dez suspeitos de ligação com grupos radicais nesta terça-feira, em mais uma grande operação contra o terrorismo islâmico realizada nas cidades de Marselha, Valence, Carpentras, Pau, Roubaix e Trappes.
Segundo a emissora de rádio France Info, os detidos teriam participado, ou se interessado em participar, de treinamentos de militantes fundamentalistas no Paquistão e no Afeganistão. Os suspeitos também consultavam sites extremistas com apologia à violência e a ataques a determinadas comunidades. A operação foi realizada sob a supervisão da Promotoria antiterrorismo de Paris e usou informações obtidas pelos serviços secretos franceses.
Cerco à intolerância – Pouco depois do massacre em uma escola judaica que chocou a França, o presidente Nicolas Sarkozy já havia adiantado que iria aumentar a vigilância sobre grupos radicais, punindo até mesmo a visita a sites terroristas. “Vamos reprimir a propagação de ideologias extremistas com crime previsto no Código Penal”, afirmou na época. O autor da chacina, um jovem francês de origem argelina chamado Mohammed Mehra, dizia ter ligações com a Al Qaeda e foi morto após um cerco policial no dia 22 de março.
O governo francês foi alvo de críticas pela falta de capacidade em avaliar o real perigo de Mehra, que já havia sido monitorado por sua aproximação com fundamentalistas.
Justiça – Na segunda-feira, 13 das 17 pessoas detidas em diversos pontos da França na última sexta-feira em outra ação policial contra a organização islamita Forsane Alizza (‘Os Cavaleiros do Orgulho’) foram apresentadas à Justiça sob a acusação de terrorismo. De acordo com os investigadores, os membros da Forsane Alizza capturados, entre eles o líder do grupo, Mohamed Achamlane, preparavam ações violentas na França, em particular o sequestro do juiz de Lyon Albert Lévy, responsável pelo julgamento de um membro da organização.
(Com agência EFE)